Relações entre Executivo e Legislativo complicam planos
No Congresso e na Assembleia, governos devem enfrentar desafios nos próximos dias
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As relações entre os governos federal e estadual com os respectivos legislativos têm escancarado as dificuldades com potencial para atrapalhar os planos dos executivos. Em Brasília, o presidente Lula engatinha nas articulações políticas com o Congresso. Até aqui, praticamente cinco meses após o início de sua gestão, Lula aprovou, por exemplo, o projeto estabelecendo regras para a paridade salarial entre homens e mulheres. Um tema sensível que, por natureza, não enfrentou resistências entre parlamentares até mesmo pelo desgaste político atrelado a um voto contra uma pauta como essa.
No mais, o governo não encontra margem, ao menos por ora, para garantir a aprovação de textos sobre fake news, reforma tributária e arcabouço fiscal. No meio do caminho, ocorreu ainda a derrota acachapante de Lula, que viu seu decreto de alterações no Marco Regulatório do Saneamento ser desautorizado por mais de 300 parlamentares.
No Rio Grande do Sul, a situação do governador Eduardo Leite também não tem sido fácil. Propostas de grande repercussão não foram aprovadas, e o maior teste do tucano será a análise do projeto do IPE Saúde, protocolado na Assembleia na última quinta-feira em regime de urgência, o que força sua tramitação a ser encerrada em 30 dias. Apesar do Piratini ter incluído na proposta sugestões de bancadas e entidades, ainda são consideráveis as resistências na Casa e, especialmente, entre sindicatos de servidores, que reivindicam que a pauta salarial seja levada em conta.