Fala forte e desnecessária de Lula deflagra investida da oposição

Fala forte e desnecessária de Lula deflagra investida da oposição

Enquanto estava preso em Curitiba, presidente disse que "só iria ficar bem quando f... com o Moro"

Taline Oppitz

Sergio Moro se manifestou sobre o assunto na tribuna do Congresso nesta quarta-feira e mais mais de 25 senadores se solidarizaram com o colega

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Ministro do Trabalho e do Emprego, Luiz Marinho comentou nessa quarta-feira a mais recente polêmica política, gerada pela fala do presidente Lula em relação a Sergio Moro, de que queria, quando estava preso em Curitiba, “f... o ex-juiz”, feita na véspera da deflagração de operação da Polícia Federal, que investiga plano da facção criminosa PCC de matar Moro e outras autoridades. “De fato, o presidente usou uma expressão forte, mas não no sentido de violência e sim de mostrar que Moro e Deltan Dallagnol agiram de má fé no processo. É evidente que não iremos tolerar violência ou ameaças contra nenhum cidadão”, justificou, em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba.

Até agora, foram emitidos 24 mandados de busca e apreensão, sete de prisão preventiva e quatro de prisão temporária contra os suspeitos. Pelo menos nove já foram presos. O ministro criticou ainda o fato de adversários estarem tentando vincular a manifestação de Lula à operação da PF, explorando os episódios politicamente. A investida, no entanto, não deve gerar surpresas. Lula, desde que assumiu o Planalto, tem deixado margem para ataques com manifestações que poderiam ser evitadas. O tema foi a principal pauta no Congresso. Depois de anos longe do poder, o petista parece ter perdido um pouco de seu reconhecido traquejo político, o que auxilia os movimentos da oposição.

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Casos avançam

Já Marinho, que esteve nesta semana no Estado, fez nesta quarta-feira previsão assustadora sobre os casos análogos ao trabalho escravo no Brasil. “Em 90 dias, chegamos a cerca de 1 mil casos descobertos. Vamos chegar aos 4 mil logo”, disse, em entrevista. Segundo Marinho, a fiscalização e ações preventivas são decisivas, pois os casos contaminam não apenas a imagem dos estados e de setores, mas de todo o país, inclusive no mercado internacional. “Os casos estão pipocando no Brasil inteiro e precisam ser parados. Eles são o resultado da degradação da sociedade”, disse o ministro. 


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