Demora na definição
Este impasse acaba atrasando o processo de construção de uma nova equipe, o calendário nacional não tem pausa e os clubes precisam agir rapidamente.
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Depois de muitas negativas do convidado, o Grêmio anunciou o seu vice-presidente de futebol, Marcos Hermann. O porquê da demora é uma incógnita, mas passa uma impressão ruim, na medida em que desde que conheço futebol este sempre foi o cargo mais desejado pelos dirigentes, conselheiros e até torcedores.
O que existe de tão assustador neste departamento que ninguém tinha vontade ou até mesmo ambição de assumir? Perguntei ao presidente Romildo Bolzan Júnior se o nome do novo técnico havia saído da mesma reunião que definiu a saída de Renato. O presidente foi categórico ao afirmar que não, mas tudo o que sabemos é que o técnico já estava acertado, Tiago Nunes, e somente não teria sido anunciado ainda pela falta do vice de futebol.
Este impasse acaba atrasando o processo de construção de uma nova equipe, o calendário nacional não tem pausa e os clubes precisam agir rapidamente. Já escrevi várias vezes que considerava natural a forma como o presidente se relacionava com Renato, sem intermediários, mas evidente que isto é uma regra que vale para alguém do tamanho de Renato no clube, aliás, nenhum outro tem este tamanho no Grêmio.
O novo técnico
Tiago Nunes é gaúcho de Santa Maria e conhece muito bem o Grêmio e a realidade do futebol gaúcho. É um treinador que gosta que seus times tenham mais a posse de bola, sendo propositivo e privilegiando a condição técnica.
Este é o modelo de jogo que o Grêmio praticou nos seus melhores momentos nos últimos quatro anos. A questão é que não está conseguindo mais reproduzir nada deste tipo e por isso, aos poucos, vai alterando a sua característica e partindo para um jogo reativo. Esta vinha sendo a tendência com a antiga comissão técnica, mas com a chegada de Tiago, imagino que isto seja alterado.
Guardiola e Klopp contra a Superliga
A Associação de Técnicos do Futebol Europeu se manifestou em comunicado oficial contra a criação da Superliga, que reuniria 12 dos clubes mais ricos da Europa. A competição não conta com os apoios de entidades regulamentadoras como a Fifa e a Uefa.
A associação afirma que a Liga estaria surgindo para criar uma estrutura no futebol europeu, dominada por um grupo auto selecionado de clubes ricos.
“Fechar o topo da pirâmide do futebol europeu de clubes extinguiria imediatamente muitas das ambições e sonhos que movem dirigentes, treinadores, jogadores e torcedores”. Os dois maiores técnicos da atualidade, Pep Guardiola e Jürgen Klopp, se manifestaram publicamente contra a Superliga.
Arbitragem que envergonha
Não lembro de ter visto nada parecido num jogo de futebol com o que aconteceu segunda-feira à noite, no estádio Montanha dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. A arbitragem cometeu erros em lances simples e isto determinou um prejuízo inaceitável para o Juventude. Foram pelo menos três erros que mudaram a história do jogo e que tiraram o Juventude do G-4, faltando apenas uma rodada. Um gol de mão contra si e outro de pênalti inexistente. O Juventude ainda fez o gol da virada que de forma inacreditável foi anulado por impedimento num lance absolutamente legal e fácil de marcar. Um vexame.