O futebol é mesmo fascinante

O futebol é mesmo fascinante

No futebol as coisas mudam muito rápido e o que é certo vira errado em pouquíssimo tempo

Nando Gross

Paulo Roberto Falcão acha que as novas regras ajudam muito também os clubes

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O jogo do Inter esta noite contra o Sport está revestido de um enorme significado, ele representa a possibilidade de interromper uma série de 40 anos sem a conquista do título de campeão brasileiro. A geração de 1970, já remodelada em 1979, mas ainda com a base do supertime de 1975-1976, conquistou o título de forma invicta, com o comando de Ênio Andrade e a genialidade de Paulo Roberto Falcão.

O time base tinha: Benítez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro; Batista, Falcão e Jair; Valdomiro, Bira e Mário Sérgio. Foram 22 jogos disputados (ou 23 considerando o WO em cima do Atlético Mineiro) e 37 pontos ganhos, com 15 vitórias e 7 empates; 40 gols marcados e 13 sofridos, um saldo positivo de 27. Um ano que começou difícil com o Inter ficando em terceiro no Gauchão e acabou terminando de forma gloriosa. Evidente que o jogo de hoje não define ainda o campeão, mas pode colocar o Inter quatro pontos à frente do Flamengo, faltando apenas três rodadas para o término do Brasileirão. Quem poderia esperar esta situação depois da decepção no Campeonato Gaúcho e das eliminações na Libertadores e Copa do Brasil? Sem falar na perda da liderança no Brasileiro e a queda para o sexto lugar, quem acreditava que o time chegaria a este momento?

No futebol as coisas mudam muito rápido e o que é certo vira errado em pouquíssimo tempo, o ultrapassado muitas vezes atropela o novo e uma verdade absoluta se desmancha diante dos resultados de campo. O Inter sofreu isso ao longo da temporada, Coudet não prestava mais depois do Gauchão, quando foi embora o time despencou e Abel foi logo carimbado de “ultrapassado”. Como tudo isso mudou? Através dos resultados, nada é maior do que isso no futebol e é por isso que ele é fascinante.

Abel escolhe Caio

A informação é de que Abel Braga definiu o Inter com Caio Vidal em campo, saindo Marcos Guilherme, que foi muito elogiado pelo técnico, mas que na verdade ficou devendo muito no jogo de Curitiba. Mesmo cumprindo as tarefas de recomposição defensiva determinadas por Abel, quando o time precisa dele como atacante, tem se mostrado abaixo na comparação com Caio Vidal ou até mesmo João Peglow, que tecnicamente é o melhor, mas é preciso entender que Abel definiu uma forma de jogar onde a recomposição defensiva pelos lados é fundamental e não há tempo para mudanças, se está funcionando não há porque mudar, e dentro deste sistema de jogo quem melhor cumpre a função é Caio Vidal, portanto é absolutamente justo que ele volte à titularidade.

Goleada e fim do jejum

A goleada do Grêmio em cima do Botafogo foi muito importante para acabar com a série de sete jogos que o time vinha sem vitórias, porque isso acabava gerando uma enorme ansiedade nos atletas. É verdade que o Botafogo neste momento não é parâmetro para medir a qualidade de nenhuma equipe, mas diante de um adversário mais frágil, o Grêmio fez o que deveria fazer, ganhou e ainda com folga.

Ficou a preocupação dos dois gols sofridos, mostrando que não é por nada que Renato não vinha escalando David Braz. Ele é batido com facilidade no primeiro gol, onde sai à frente do Rafael Navarro em busca da bola e acaba chegando depois. No segundo gol a falha ficou por conta de Paulo Miranda, dois gols por erros técnicos e não táticos. Lembrando que os titulares são Geromel e Kannemann. 


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