Boca é favorito hoje no Beira-Rio

Boca é favorito hoje no Beira-Rio

E o furacão Jean Pyerre

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O único motivo para o torcedor colorado acreditar numa vitória hoje à noite diante do Boca Juniors é a paixão pelo clube. Sabemos que o futebol não vive de lógica, mas na maioria das vezes ela se confirma. Pelo desempenho recente do Internacional, a tendência é de derrota hoje no Beira-Rio.

Abel Braga precisava apenas motivar o grupo após a saída de Coudet e manter a estrutura do time, que afinal de contas era líder do Brasileirão. Pois saiu tudo ao contrário. Os jogadores estão abatidos e o time desandou, não ganha de mais ninguém.

São vários erros nesta reta final, parece que o departamento de futebol encerrou as atividades e o clima é de total fim de festa. Rodrigo Caetano já sabe que não vai permanecer e a atual gestão deixa o clube no final deste mês.

A consequência é que o time está indo ladeira abaixo e todos parecem estar apenas assistindo. Ninguém quer se comprometer e tomar uma decisão mais drástica, até porque está claro que a saída de Coudet acabou com todo o planejamento do futebol e no momento ninguém sabe apontar qual o caminho a seguir.

Se já estava ruim, com Abel tendo de ficar em isolamento pela Covid-19, piorou ainda mais. Hoje os jogadores não têm nenhuma referência no vestiário. Estava mais do que claro que era preciso agir antes da partida contra o Boca, mas o Inter decidiu apostar na máxima do “seja o que Deus quiser”.

Para o torcedor cabe apenas acreditar que os jogadores possam dar uma resposta em campo parecida com aquela que os levou à liderança do Campeonato Brasileiro.

O furacão Jean Pyerre

É impressionante o crescimento técnico de Jean Pyerre desde que voltou ao time gremista. Acabou a história do “garoto promissor”. Agora estamos diante de uma nova fase, do grande jogador, protagonista e com tudo para assumir o status de craque.

Jean Pyerre é daqueles jogadores de meio-campo que está cada vez mais raro de se encontrar, que muitos afirmam que pertence a um estilo do passado, mas que cada vez que surge um logo nos apaixonamos. A qualidade no passe, a objetividade e o tratamento carinhoso com a bola, transformaram Jean Pyerre na figura central da equipe, acima inclusive de Pepê. O jogo todo passa por ele e o crescimento coletivo do time está diretamente ligado ao seu desempenho.

O jogo flui com velocidade com ele, é o que chamamos de “falso lento”, até porque quem precisa ter velocidade no futebol é a bola e não o jogador. Os movimentos precisam ser rápidos e objetivos e Jean Pyerre domina perfeitamente este quesito.

Estamos diante de um atleta que ao que tudo indica já deve estar no radar do técnico Tite e em breve será chamado para a seleção brasileira. Além da sua qualidade, Jean tem uma característica que nenhum dos jogadores atuais da Seleção possui. 


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