Encantando em francês

Encantando em francês

Festival da Canção da Aliança Francesa terá 13ª edição regional no dia 31 de outubro e divulgou candidatos e canções selecionados

Luiz Gonzaga Lopes

Juliano Barreto foi o vencedor estadual e nacional do Festival em 2019

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O Festival da Canção Aliança Francesa 2020 está chegando novamente. A 13ª edição do festival terá no sábado, dia 31 de outubro, às 21h30min, dez candidatos apresentando o melhor da música francesa e francófona diretamente dos estúdios da TVE. O evento será realizado pela primeira vez de forma virtual e transmitido ao vivo pelas redes sociais da Aliança Francesa e também pela emissora e pela FM Cultura 107.7. É uma iniciativa inédita da Aliança Francesa que, em razão da atual pandemia de Covid-19 e das recomendações de segurança das autoridades sanitárias e da OMS, decidiu experimentar esse novo formato artístico, em sintonia com as tendências atuais. A etapa estadual do tradicional festival foi conquistada em 2019 por Juliano Barreto, com “Elle Me Dit”, de Ben l’Oncle Soul, canção que ele defendeu na final nacional, realizada em 30 de novembro, novamente no Salão de Atos da Ufrgs, sendo vencedor do festival. Confira a lista dos candidatos e das músicas que eles cantam em 2020 e seus respectivos autores e/ou intérpretes mais famosos:
 
CANÇÕES
– Angela Angel: “Dernière Danse” – Indila
– Camila Umpiérrez: “Habanera (L'amour Est Un Oiseau Rebelle)” - Georges Bizet
– Carô Hansel: “Jardin d’hiver” – Henry Salvador
– Ernani Hanemann: “Sous Le Ciel De Paris” - Édith Piaf
– João Damasceno: “Aline” – Christophe
– Jose Valmir da Costa: “Hier Encore” – Charles Aznavour
– Julia Reis: “Je Vole” – Michel Sardou
– Pedro Coppeti: “Tu Me Relève” – Carole Thomas
– Stefany Kaipper: “Ne Me Quitte Pas” – Jacques Brel
– Tiane Tambara: “Éblouie Par La Nuit” – ZAZ
 
 
Quadro "A Pátria", de Pedro Bruno (1919) - Foto: Reprodução / CP
 
Da Independência à República
O Museu do Senado está levando ao público uma mostra virtual que conta a história desde a Independência do Brasil (1822) até a proclamação da República (1889). São 15 “galerias” virtuais, antecedidas por um painel de apresentação. Com a ajuda de vídeos, obras de arte, fotografias, charges da época, documentos históricos, mapas e gráficos, a exposição reconstitui o Brasil do século XIX, começando pelo processo que levou à queda da monarquia. Conforme o curador José Dantas Filho, o material mostra como um regime político apoiado na monocultura do café e no poder dos grandes proprietários de terras se tornou obsoleto para atender às aspirações de uma população que se urbanizava e na qual novas elites pregavam maior autonomia em relação à Coroa portuguesa. Ao longo da narrativa, os visitantes encontram dicas de livros que podem ser baixados gratuitamente da Livraria do Senado, além de referências para as fontes utilizadas na exposição, cuja maioria está disponível na Biblioteca e no Arquivo do Senado. Para acessar, basta clicar no link www12.senado.leg.br/institucional/museu/exposicoes/o-brasil-da-monarquia-a-republica
 
 
Obra de "Pardo é Papel" que estará em cartaz no dia 17, na Fundação Iberê. Foto: Gabi Carrera / Divulgação / CP
 
Pardo não é raça, é Papel
A Fundação Iberê abre no próximo dia 17, a exposição “Pardo é Papel”, do artista carioca Maxwell Alexandre. A mostra – promovida pelo Instituto Inclusartiz, de Frances Reynolds – foi inaugurada com sucesso em novembro de 2019, no MAR (Rio de Janeiro), alcançando mais de 60 mil visitantes. Aos 29 anos, Maxwell retrata em sua obra uma poética que passa pela construção de narrativas e cenas estruturadas a partir da vivência cotidiana pela cidade e na Rocinha, onde nasceu, trabalha e reside. Com obras no acervo do MAR, Pinacoteca de São Paulo, MASP, MAM-RJ e Perez Museu, o artista carioca apresenta “Pardo é Papel” no Brasil após levar sua primeira exposição individual ao Museu de Arte Contemporânea de Lyon, na França. Sobre o título da mostra, o próprio artista revela os desígnios do que é pardo, no caso o papel, e não raça, como foi uma prática do passado. “O desígnio pardo encontrado nas certidões de nascimento, em currículos e carteiras de identidades de negros do passado, foi necessário para o processo de redenção, em outras palavras, de clareamento da nossa raça. Porém, nos dias de hoje, com a internet, os debates e tomada de consciência e reivindicações das minorias, os negros passaram a exercer sua voz, a se entender e se orgulhar como negro, assumindo seu nariz, seu cabelo, e construindo sua autoestima por enaltecimento do que é, de si mesmo. Este fenômeno é tão forte e relevante, que o conceito de pardo hoje ganhou uma sonoridade pejorativa dentro dos coletivos negros. Dizer a um negro que ele é moreno ou pardo pode ser um grande problema, afinal, Pardo é Papel”, afirma Maxwell.
 
 
Juremir fala da obra do amigo Michel Houellebecq - Foto: Nilton Santolin / Divulgação / CP
 
Houellebecq por Juremir
 
O meu parceiro de Caderno de Sábado, jornalista, sociólogo, professor Juremir Machado é o convidado da 6ª edição virtual e gratuita do Clube de Leitura do Instituto Ling. Para o  encontro, Juremir escolheu o livro “Serotonina”, sétimo romance da carreira de Michel Houellebecq, um dos mais traduzidos autores contemporâneos da França, conhecido por abordar diferentes questões sociais em narrativas repletas de ironias e provocações. A aula será ministrada ao vivo no dia 19 de outubro, segunda-feira, às 18h30min, em plataforma virtual. Como descreveu Juremir em coluna no Correio do Povo, “Serotonina” trata da “vida de um homem devorado pela depressão em meio ao contexto social da globalização e da crise da agricultura francesa em função das regras, acordos e metas da União Europeia”. A obra de 2019, é narrada em primeira pessoa por Florent-Claude Labrouste, personagem obsessivo que sofre da falta de razão para viver. A publicação é a mais recente da carreira do autor, considerado um dos mais perspicazes analistas do século XXI. Para participar, é necessário fazer inscrição prévia e sem custo no site www.institutoling.org.br. Os inscritos receberão um material preparatório para a atividade, com dicas de como adquirir a obra e curiosidades sobre a publicação.
 
 

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