Escândalo

Escândalo

Não sejamos ingênuos.

Guilherme Baumhardt

publicidade

O Ministério da Justiça tem 185 câmeras de vigilância. No dia 8 de janeiro, o prédio foi invadido e a discurseira oficial falou em “atos golpistas”. Quem se coloca em uma posição de “arauto da democracia” deveria ser o primeiro a defender a identificação de quem entrou no prédio daquela maneira. O problema é que há um abismo entre discurso e prática quando se trata da esquerda. O resultado é que as imagens de apenas quatro câmeras foram entregues pelo comunista Flávio Dino. O restante? Já era, esqueçam. A desculpa oficial é uma piada pronta: o sistema apaga automaticamente o material, após 15 dias, para gerar espaço de memória. Não sejamos ingênuos. Seria muito amadorismo “esquecer” isso. Pergunta: ninguém na Polícia Federal (subordinada ao Ministério da Justiça) lembrou da necessidade de salvar este material em local seguro? As câmeras do Palácio do Planalto, por exemplo, mostraram gente encapuzada, o general G. Dias (do GSI lulista) entregando água aos invasores e fotógrafo agindo como diretor de imagens, orientando pontapé em porta de gabinete. As câmeras de Dino revelariam o quê? Em um país sério, Flávio Dino já seria ex-ministro e Lula estaria na berlinda.

Luz vermelha ligada

O rombo nas contas públicas é mais do que um alerta. É a buzina de uma locomotiva prestes a colidir com um caminhão-tanque carregado com combustível. No primeiro semestre do ano, o saldo negativo do governo federal superou R$ 40 bilhões. Foi ruim. Até chegar o resultado de julho, que apontou R$ 35 bilhões no vermelho. Sim, em apenas um mês, o atoleiro foi próximo ao registrado em um semestre inteiro – nem mesmo a retomada da cobrança de tributos sobre gasolina e diesel salvou o governo. Este é o resultado quando se entrega a economia do país a um sujeito chamado Fernando Haddad, o motorneiro especialista na modalidade “ladeira abaixo”.

38 e contando...

O lulopetismo abriu mais um: agora são 38 ministérios, em Brasília. A pergunta na capital federal é uma só: Lula terá coragem de abrir o 40º e assim dar margem para a piada que está na boca do povo? Em tempo: se criar ministério resolvesse, de fato, algum problema, Dilma Rousseff (a campeã em número de pastas, na Esplanada) não teria sofrido o impeachment depois de mergulhar o país na mais grave crise econômica da história.

Alckmin em silêncio

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, acumula a função de ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A pasta sofreu um baque e foi parcialmente esvaziada, após a criação de um ministério “concorrente”, destinado para as micro e pequenas empresas. Alckmin não gritou, não esperneou, não protestou. Ficou em silêncio, com a sobriedade de quem parece ver algo além da linha do horizonte.

Haddad perde (e o Brasil ganha)

Em uma demonstração de força, os deputados federais prorrogaram a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Ótima notícia. Menos dinheiro nos cofres do governo significa mais dinheiro no bolso do cidadão. É uma derrota de Fernando Haddad, que contava com a taxação para ampliar a gastança desenfreada.

O canto da sereia e o último suspiro

O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, veio ao Brasil para pedir dinheiro. Candidato à Presidência do país, o peronista mandou pelo ralo a vergonha na cara e vem distribuindo benesses, com o uso explícito da máquina pública em benefício próprio. O alvo da vez são os aposentados, que receberão uma espécie de auxílio extra. Massa, que já congelou o preço dos combustíveis até a data da eleição, ignora a inflação galopante do país e as oscilações do mercado externo. É uma espécie de canto da sereia, coisa típica de populista, atraindo incautos para a armadilha. Com a liderança do libertário Javier Milei nas pesquisas, espera-se, também, que estes sejam os últimos suspiros do esquerdismo que hoje habita a Casa Rosada.

Porteira fechada, torneira aberta

Em apenas oito meses, o bandoleiro MST já invadiu mais propriedades privadas do que em toda a administração Jair Bolsonaro. A CPI do MST, no Congresso, vem cumprindo um papel importante, revelando as entranhas do movimento.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895