O governo esperava a aprovação da Medida Provisória 1.303 para compensar a queda de arrecadação com a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A Medida Provisória tinha como meta aumentar o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para arrecadar R$ 20,9 bilhões e não contava com uma derrota de 251 votos contra 193. O fantasma de um rombo de R$ 35 bilhões nas contas do governo tomou forma para 2026, assustando o Tesouro Nacional cujos planos para enfrentar o déficit eram a receita extra dos R$ 20,9 bilhões do IOF, somada a uma economia de mais R$ 15 bilhões. Por falta de coordenação política na Câmara – Gleisi Hoffmann, indicada para coordenar o relacionamento do Planalto com a Câmara, não tem articulação política alguma na Casa – o governo perdeu a validação da MP e, rapidamente, culpou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pela derrota. Jogar a própria culpa nos adversários é apenas um reflexo da falta de autocrítica e tal comportamento revela muito mais sobre quem a pratica do que sobre quem é acusado. Diante da derrota, fica a ameaça de corte de R$ 10 bilhões nas emendas parlamentares para 2026, mas como o próximo ano é de eleições gerais, sem emendas o resultado será de mais derrotas no Planalto, e como disse o líder da Oposição, deputado Luciano Zucco (PL-RS), “o Brasil não aguenta mais impostos”, ou, na mesma linha, falou o deputado Sóstenes Cavalcanti: “A ameaça de bloquear as emendas não vai funcionar”.
Hora de reconhecer erros
Jogar a culpa nos adversários – no caso, no governador Tarcísio de Freitas – pode até funcionar como escudo momentâneo, mas nunca como solução duradoura. A verdadeira liderança – seja pessoal, profissional ou coletiva – nasce da coragem de olhar para dentro e transformar falhas em força.
Falta de autocrítica
Em qualquer ambiente – especialmente no político – jogar a culpa nos outros pode gerar conflitos duradouros. A falta de autocrítica petista enfraquece vínculos e impede soluções reais.
Pragmatismo do PSD
O PSD, pela liderança de seu presidente, Gilberto Kassab, confirma sua definição a respeito do seu partido: “O PSD não é de direita, nem de esquerda, nem de centro, mas a favor do Brasil”.
Pensando no Brasil
Foi com tal definição pragmática que Gilberto Kassab ligou para a sua bancada e pediu a rejeição da MP 1303, derrotando o governo, no qual tem três ministérios.
Expofeira de Pelotas
A 99ª Expofeira de Pelotas teve como destaque a Cabanha Recalada, de Capão do Leão, que dominou nas pistas da raça Angus. Provavelmente, nenhum veterinário formado na Faculdade de Veterinária da Ufpel, cuja simpatia ao MST é óbvia, vai conseguir emprego naquela cabanha modelar.
Ódio fertilizante
O “ódio do bem” da extrema-esquerda brasileira contra o agronegócio, na verdade dos fatos, funciona como um fertilizante. O Brasil se consolida cada vez mais como o maior produtor de soja do mundo.
Pedágio na BR 116
O escorchante pedágio da BR 116 vai terminar em março de 2026 e o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) festejou o término da concessão da Ecovias. “É o pedágio mais caro do mundo e ficamos mais de 20 anos sendo logrados. Agora sabemos que não será renovado e até uma nova licitação, a BR 116 ficará sem a cobrança.”
Café sem açúcar
Conforme a BBC Brasil, o presidente Donald Trump teria se queixado com Lula sobre o preço do café brasileiro que disparou nos supermercados americanos. Um problema simples de ser resolvido: basta Trump retirar a sobretaxa de 40% do produto que os EUA importam do Brasil. O que era 10% transformou-se em 50%.