Operação prática e rápida

Operação prática e rápida

Dados do Banco Central indicam grande crescimento no uso do Pix, sistema de pagamento instantâneo lançado no ano passado

Por
Taís Teixeira

Faz um Pix! Quem ainda não fez, pelo menos já ouviu falar dessa “mania” que caiu no gosto dos brasileiros. É o que se percebe com os dados do relatório mais recente do Banco Central do Brasil (Bacen), instituição criadora do Pix, pagamento instantâneo brasileiro que viabiliza a transferência entre contas em tempo real, podendo ser feito a partir de uma conta corrente, poupança ou de pagamento pré-pago.

Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do Banco Central (Bacen), o Pix foi lançado oficialmente em 16 de novembro de 2020. Na época, com 15 dias de funcionamento, o pagamento instantâneo registrou 27.614.588 transações. Em dezembro de 2020, primeiro mês completo após estar disponível à população, foram 124.890.953. O levantamento mais recente do Bacen, divulgado em 31 de agosto, dez meses após o Pix entrar em vigor, apontou que o número de operações saltou para 815.190.849, aumento de 552,72% em relação ao primeiro ciclo de 30 dias completo, em dezembro passado. O volume financeiro das operações via Pix feitas em agosto totalizou R$ 458.004.548, cerca de 10,7% acima dos valores computados em julho, que foi de R$ 413.422.496.

Segundo a professora da Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) Frederike Mette, a ampla aceitação e inserção de usuários na digitalização do sistema bancário ocorre pela facilidade da operação, aliada à isenção de taxas ainda cobradas por Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Crédito (DOC). Esses dois tipos de transações eletrônicas já antecipavam uma tendência a menor utilização do papel moeda (notas em dinheiro), com ênfase no uso de pagamento com cartão. Com a chegada do Pix, a circulação do dinheiro em espécie, que já vinha sendo pouco usado, deve diminuir mais. “Posso ir a um estabelecimento, pagar por uma pizza com Pix e enviar o comprovante na hora pelo celular, agilidade que conquistou o consumidor”, esclarece a professora. Ela ressalta que o intuito do Bacen ao instituir o Pix é estimular a competição entre as instituições financeiras. “É mais uma estratégia para incentivar a concorrência, visando também à digitalização das pessoas, uma inserção tecnológica desse público”, menciona. Frederike ainda destaca que o Pix é uma parte dessa estratégia, que vai ter continuidade com a apresentação do Open Banking, processo de compartilhamento padronizado de dados, produtos e serviços por meio da abertura e integração de sistemas das instituições participantes.

Embora pareça uma sigla, Pix é o nome dessa modalidade de pagamento, termo que remete ao conceito de tecnologia, transação, velocidade e pixel. Integrante do SPI, tem o pagamento liquidado em cerca de dez segundos, mas pode chegar a uma hora e 30 minutos, conforme a transação, ou ainda levar mais tempo se necessitar de análise mais criteriosa. O pagamento também pode ser agendado. Além disso, as operações podem ser feitas 24 horas por dia, sete dias por semana, sendo gratuitas para pessoas físicas e a custo muito baixo para pessoas jurídicas e outras entidades. O Pix é multitarefa, ou seja, pode ser usado tanto para transferências como para pagar contas.

As transferências podem ser feitas de três formas: via chaves Pix, QR Code e dados bancários. O titular pode escolher como chave Pix: o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF), do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), o endereço de e-mail, o número do celular ou um código aleatório. Se a pessoa tiver contas em bancos diferentes, pode criar uma chave diferente para cada conta. Usando chaves Pix, não é necessário saber os dados bancários do recebedor.

Conforme a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os dez primeiros meses de funcionamento do Pix comprovaram a eficiência do novo meio de pagamento, com volumes significativos de transações e adesões. De acordo com a federação, o Pix tem se mostrado conveniente, oferecendo segurança e comodidade para milhões de clientes em suas operações bancárias de rotina.

O diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, Leandro Vilain, afirma que, neste quase um ano de funcionamento, o Pix somou-se a outros serviços de utilidade diferente do pagamento instantâneo, ainda amplamente usados, cujos resultados também corroboram a tendência da redução do dinheiro em espécie, efeito já esperado pelo mercado financeiro. “Um dos focos da agenda evolutiva do Pix deste ano está sendo suas novas funcionalidades, que trarão maior potencial para impulsionar as transações entre pessoas e empresas”, avalia. Vilain ainda destaca que a principal vantagem para o recebedor é que o dinheiro é liberado de imediato na conta. No comércio, o Pix facilita o processo relativo à confirmação de pagamentos, seja ele diretamente feito no caixa de uma loja ou em compra efetivada via e-commerce.

Principais movimentações

As transações efetuadas via Pix são organizadas por modalidades entre pagador e recebedor. O relatório do Bacen divulgado em 31 de agosto apontou que a chave mais usada, por tipos, é a aleatória, criada pelo usuário, com 104.049.648 cadastros, seguida pelo CPF (88.863.484), celular (69.061.066), e-mail (45.352.801) e CNPJ (5.944.202). O número de usuários pessoa física contabilizou 99.790.304 movimentações contra 6.839.202 computadas por pessoa jurídica.

A categorização também inclui os parâmetros idade, região e natureza da transação. A faixa de 20-29 anos liderou as operações com Pix, com 34,54%, seguida pelo grupo de 30-39 anos (31,67%), 40-49 anos (18,14%), 50-59 anos (7,90%), 19 anos (3,99%) e mais de 60 (3,76%). Já por região, o Sudeste sai na frente com 46,84%, depois Nordeste (22,91%), Sul (12,07%), Centro-Oeste (9,67%) e Norte (8,55%). A contagem por natureza da transação mostrou que a de pessoa para pessoa (P2P) foi a mais numerosa (74%), seguida de pessoa para empresa (P2B) (15%), de empresa para pessoa (B2P) (9%) e de empresa para empresa (B2B) (3%).

Os dados refletem a mudança de realidade de muitas empresas, como as fintechs, que são startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais, nas quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do setor, podendo oferecer cartão de débito, empréstimos, seguros, entre outros. O head de produtos da fintech Stark Bank, Bruno Braz, afirma que houve crescimento de 122% em operações de Pix, desde o lançamento no ano passado. “Incluímos o Pix em nosso sistema desde o início do processo e hoje se tornou um dos principais produtos”, assinala. Antes do Pix, os métodos mais utilizados eram DOC, TED e boletos. Braz reforça que o Pix é um marco importante nos produtos financeiros do Brasil, abrangendo tanto o mercado B2B (empresa para empresa) quanto o B2C (empresa para cliente). “É importante perceber o valor da tecnologia embarcada, até para entrada de novos players no mercado, assim como a aceleração de interoperabilidade entre diferentes instituições, tudo isso vinculado ao Open Finance”, destacou.

Do Pix ao Open Banking

O Open Finance é outra novidade que está em evolução. Trata-se de uma “extensão” do Open Banking, ou sistema financeiro aberto, que é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente. Esse modelo, ao lado do Pix, é considerado pelos especialistas uma das revoluções do setor. A CEO e fundadora da fintech Aarin, Ticiana Amorim, considera esse processo a democratização que faltava para uma diversidade ampla e robusta de serviços. Segundo Ticiana, o impacto que essa modernização vai ocasionar começa na descentralização das informações bancárias, permitindo que o cliente tenha mais liberdade para levar seus dados financeiros para onde quiser. “Uma das principais características desse novo meio é que, os dados bancários pertencem aos usuários e não às instituições bancárias”, ressalta, destacando que esse aspecto está de acordo com regras já postas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ela afirma que o Pix é um exemplo clássico desse movimento de digitalização do sistema bancário, fruto do extenso processo de modernização do Banco Central. O Open Banking está na segunda fase de implementação, sendo que são quatro fases consolidadas.

Ticiana ressalta que, no sistema atual, a dinâmica para trocar de banco costuma ser muito burocrática e cansativa, já que diversas informações do histórico do cliente ficam disponíveis somente para a instituição em que o usuário tem conta aberta. Isso muitas vezes faz com o cliente desista de trocar de serviço, mesmo que não esteja satisfeito, e acabe ficando preso ao próprio sistema. Com o Open Banking será muito mais rotineiro realizar esta troca e até mesmo contratar novos serviços financeiros sem precisar começar uma relação do zero. Também será mais fácil negociar créditos, empréstimos e vantagens.

É importante ressaltar que o cliente precisa dar autorização para que as suas informações sejam compartilhadas na plataforma e também optar quando não quiser mais distribuir os seus dados. Por exemplo, será possível contratar um seguro em um lugar, ter o cheque especial em outro e o que mais quiser e for melhor para ele. Além disso, as empresas também poderão oferecer serviços cada vez mais personalizados com base no perfil dos consumidores, podendo negociar taxas, limites de créditos, entre outros. Além disso, o aumento na competitividade em serviços financeiros será maior já que, com o Open Banking posto, a barreira para a criação de novos negócios será menor.

Na prática, o Open Banking será uma plataforma com regulamentação do governo, supervisão do Bacen e desenvolvimento pelos participantes do sistema financeiro. Isto possibilita que outras empresas tenham acesso às interfaces dos bancos e desenvolvam novos produtos.

Novas regras de segurança

O Pix e outros meios de pagamento digitais sob supervisão do Banco Central terão mudanças para ampliar a proteção e segurança dos usuários. Entre as medidas está a definição do limite de R$ 1 mil para transações no horário noturno (20h e 6h), prazo para efetivar o aumento de limite de transações e cadastro de contas que poderão receber Pix de maior valor. A mudança será válida para operações entre pessoas físicas, incluindo micros e pequenos empreendedores individuais. Estão incluídas as transferências entre contas dentro de uma mesma instituição, Pix, cartões de pagamento pré-pagos e de débito utilizados em transações de transferência e liquidação de TEDs.

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, calcula que todas essas medidas vão diminuir as fraudes, proteger clientes, usuários de serviços de pagamentos e vão desestimular os crimes. “É um esforço conjunto do Banco Central, das autoridades policiais e das instituições financeiras que oferecem esses serviços de pagamentos”, disse. As alterações ainda não têm data determinada para entrar em vigor. “Imaginamos que em algumas semanas serão efetivas porque as instituições financeiras, de pagamento, cooperativas participantes devem ter tempo para se preparar.” De acordo com ele, atualmente, 90% das transações realizadas por meio de Pix nesse horário estabelecido tem montante igual ou menor a R$ 500,00, portanto, o teto estabelecido terá pouco impacto na usabilidade do sistema de pagamentos.

Os clientes ainda vão ter o direito de escolher e gerenciar seus limites no Pix. Eles poderão decidir não fazer transferências por meio de Pix em determinados períodos e poderão ter limites diferentes no período diurno e noturno. Outra alteração é que haverá prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para que seja efetivado o pedido do usuário para aumento de limites de transações, feito por canal digital. Isso vale para Pix, TED, DOC, transferências intrabancárias, boleto e cartão de débito. “Os clientes poderão reduzir ou aumentar seus limites com efeito imediato no caso de redução, mas com respostas entre 24 horas ou 48 horas após a solicitação no caso de aumento”, explicou João Manoel Pinho.

Movimento no setor varejista

No último Dia dos Pais, em 14 de agosto, o comércio já se beneficiou do Pix. Segundo o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas Porto Alegre), esse foi o formato de pagamento mais utilizado nas compras on-line em Porto Alegre. O presidente do Sindilojas, Paulo Kruse, avalia que o Pix veio em momento de grande importância para o comércio, quando o digital era o único canal para continuar vendendo com praticidade e comodidade para os clientes, que também ganharam novo formato de pagamento nas lojas físicas. “Ajudou as lojas a realizarem especialmente o que chamamos de venda de ocasião, que é a que desperta o desejo de comprar sem considerar fatores como necessidade e preço, quando o cliente compra por impulso”, explica, ressaltando que essa parcela de vendas é essencial para o crescimento dos negócios.

O dirigente confirma que a redução de outras formas de pagamento, como dinheiro em espécie, cartão de crédito e mesmo parcelamento das compras, foi consequência dessa “pixalização”. “O público que anda com dinheiro em espécie hoje em dia caiu bastante, sendo usado do cartão no débito, modalidade que também caiu com a entrada do Pix, mais usado por pessoas mais familiarizadas com as tecnologias e que não têm receio de usar aplicativos de bancos, sentimento ainda presente para alguns”, reitera Kruse afirma que grande parte do comércio aceita Pix hoje. Entre as vantagens oferecidas, está a comodidade para as pessoas e para o lojista.

A professora da PUCRS Frederike Mette salienta que esse comportamento do consumidor faz parte do avanço dessa digitalização. “Agora, as pessoas usam Pix ao invés de boletos e cartões, mudando o instrumento em torno das operações, o que agiliza o processo.” Frederike acrescenta que esse modelo acelera a digitalização e não provoca mudança radical na bancarização das pessoas que não estavam no sistema financeiro. “Antes era muita burocratização, muitos documentos para integrar o sistema financeiro, exigências que mudaram e favoreceram o aumento das inserções bancárias.”

Dinheiro mais rápido na conta

Com o Pix, o dinheiro cai na conta do beneficiário em segundos. Na TED, o valor vai para a conta de destino poucos minutos após a autorização, desde que a transferência seja feita antes das 17h. No DOC, o recurso só é debitado no dia útil seguinte para transações feitas até as 21h59. Depois desse horário, o dinheiro estará disponível no segundo dia útil. Mesmo assim, assegurar que haverá eliminação dos sistemas tradicionais de pagamento ainda é afirmação precoce, na opinião de Frederike. “Acredito que ainda vai demorar, pois ainda há desconfiança da tecnologia, pessoas que não usam aplicativo, não têm smartphone, em especial gerações mais antigas, que têm barreiras literárias e culturais e que devem permanecer no sistema tradicional.” Outro entrave é que muitas pessoas entendem que há insegurança no compartilhamento de dados, compreensão que deve ser revista com a implementação da LGPD.

Previsão de mais festa

Uma rede de artigos de artesanatos e festas, com quatro unidades em Porto Alegre e uma em Canoas, já incorporou o Pix. A sócia proprietária, Rosi Frigo Luz, diz que a modalidade se soma às demais alternativas de pagamento já praticadas, como cartão de débito e crédito, dinheiro. A empresária relata que há clientes que fazem Pix, mas que ainda não é a forma de pagamento que prevalece. “O mais utilizado ainda é o cartão de crédito, com 39%, seguido do cartão de débito, com 30%, e do dinheiro com 23%”, afirma. Ela acredita que o uso do Pix deve crescer. “Hoje representa 8% dos meios de recebimentos.” Rosi observa que ainda é recente estabelecer uma comparação para verificar se houve queda nas outras modalidades de pagamento com a chegada do Pix, já que, devido à pandemia, muitos clientes preferem o pagamento digital. “Assim evitam o contato com as cédulas ou até a inserção do cartão nas máquinas”, elucida.

A professora Carla Lima Lorensi, que comprou produtos em uma das lojas para fazer um bolo cenográfico, fez um Pix para pagar as compras. “É mais rápido e muito prático”, justifica. Carla conta que costuma sentir dificuldade para acessar os serviços digitais, mas com o Pix não. “Acho melhor que fazer TED e DOC, gostei muito desse sistema.” Na lista de Pix da professora, a família está em primeiro lugar. “É um que pede emprestado, é outro que paga, já está comum”, comenta, rindo.

Mais dinheiro em caixa

Proprietária há 14 anos de um estabelecimento que comercializa artigos para organização de espaços, Luciane Gottsthall relata que adotou o Pix há três meses, a pedido dos clientes. “É uma venda segura, o dinheiro entra na hora e movimenta o fluxo de caixa.” Para estimular o cliente a pagar à vista, ela oferece desconto em dinheiro e agora no Pix. “A grande vantagem é poder dar 5% de desconto para o cliente, valor antes usado para pagar a taxa do débito.” Com essa possibilidade, muitas vezes, o cliente que iria comprar parcelado, decide pagar à vista. A empresária diz que o Pix reduziu a movimentação de cartão débito, mas a utilização do cartão de crédito segue normal.

Pix em diferentes gerações

Pietra, de 20 anos, ensina o avô Júlio, de 80, a fazer transações com o Pix. Foto: Ricardo Giusti

Por ser uma tecnologia recente, pode-se pensar que o Pix fica mais restrito à população jovem. Todavia, seus benefícios atingiram públicos de diferentes idades. É o caso de Júlio Wortmann Pitombo e Pietra da Rosa Pitombo, avô e neta. Ele, que é aposentado e tem 80 anos, conta que já usa as tecnologias digitais para efetuar pagamentos e transferências há quatro anos. “É mais rápido, mais prático, não precisa sair de casa e nem levar dinheiro na rua.” O aposentado conta que faz todas as operações de pagamento no celular e agora está aprendendo a usar o Pix com a ajuda da família. “Eu recebo muitos Pix, mas ainda não sei fazer sozinho, preciso de orientação”, reitera.

A estudante Pietra, 20 anos, é uma das pessoas que ajuda o avô. A jovem relata que tem Pix desde a semana em que foi lançado. Entre as vantagens, destaca a praticidade. “Manda na hora, recebe na hora, não cobra taxas se for em bancos diferentes, é muito bom.” Outro aspecto citado é a segurança. “É complicado carregar dinheiro na bolsa ou cartão por aproximação, que às vezes não pede senha e, se roubado, pode ser usado.” Sobre o avô, ressalta que ele sempre foi interessado em aprender e ser independente para lidar com as finanças nos meios digitais. “Logo vai dominar totalmente a ferramenta”, prevê.

Agenda evolutiva do Pix

A dinâmica e a facilidade características do Pix já estão planejadas até 2022. Dividido em dez etapas, o processo deve integrar novos serviços via Pix, que vão desde o pagamento do salário via Pix até o uso off-line. As fases estão detalhadas na tabela, sendo que algumas que estavam previstas em determinados períodos foram antecipadas ou reajustadas para outros estágios. 

2º trimestre 2021

Etapa 1: Melhorias Pix

  • Integração dos aplicativos das instituições com a lista de contatos nos smartphones, facilitando a identificação dos contatos que possuem o celular ou o e-mail como chave Pix. (concluído);
  • Gestão dos limites pelos aplicativos. (concluído);
  • Atalho para o canal de atendimento da instituição para tratar reclamação e atalho para reclamação junto ao BC (concluído)

Etapa 2: Pix Cobrança

  • Pagamentos imediatos (concluído);
  • Pagamentos com vencimentos em data futura, podendo incluir juros, multas, acréscimos, descontos e outros abatimentos (concluído);
  • Padronização de arquivo de remessa e retorno para viabilizar gestão de cobranças em lote. (4º tri/21);
  • Duplicata no Pix que permitirá a antecipação do cobranças o Pix. (2º tri/22).

3º trimestre 2021

Etapa 1: Conta salário do Pix

Inclusão da conta salário na lista de contas movimentáveis por Pix.

Etapa 2: Pix Saque e Pix Troco

  • Para dar ao consumidor a opção de obter dinheiro em espécie diretamente do lojista e facilitar a gestão de numerário dos estabelecimentos.

Etapa 3: Indicador de pagamento no Pix

Iniciador como nova modalidade de participação no Pix, agregando ainda mais competição ao arranjo e possibilidade de instituições detentoras de conta transacional que sejam autorizadas pelo BC e certificadas no Open Banking possam oferecer o serviço de iniciação no Pix.

  • Iniciação com chave, inserção manual em 30 de agosto;
  • Iniciação direta pelo iniciador em 30 de setembro;
  • Iniciação pela leitura de QR Code e agendamento em 1º de novembro.

Etapa 4: Mecanismo especial de evolução

Possibilidade de devolução ágil de recursos pela instituição recebedora, em casos de fundada suspeita de fraude ou falha operacional nos sistemas das instituições participantes 

  • Regras concluídas no 2º tri/21; 
  • Vigência a partir de 16 de novembro.

4º trimestre 2021

Etapa 1: Pix por aproximação

Para dar mais facilidade e conveniência na iniciação de um Pix e para atender casos de uso específicos.

Etapa 2: Pix Off-line

Para viabilizar a transação via Pix mesmo estando off-line, ampliando o acesso da sociedade ao Pix.

2º trimestre 2021

Etapa 1: Pix garantido

Para possibilitar o parcelamento de compras no Pix.

Etapa 2: Débito automático no Pix

Para facilitar pagamentos recorrentes por meio do Pix.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895