Depois de uma temporada em que a disputa foi interrompida após três rodadas por causa da pandemia do Coronavírus, começa neste final de semana da Segundona Gaúcha, também chamada de Divisão de Acesso. Serão 16 times brigando por duas vagas na elite do futebol do Rio Grande do Sul em 2022.
Conforme dados da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), que organiza o campeonato, ele mobiliza 15 municípios. Somando as populações de cada cidade, pelo menos 1,5 milhão de pessoas poderão ser impactadas pela competição. Bagé é o único município com dois representantes, os rivais históricos Grêmio Bagé e Guarany, que protagonizam o clássico Ba-Guá, disputado desde 1921, até hoje com 427 confrontos. “Essa diversidade de clubes, cidades e regiões, com certeza, será um diferencial desta edição. É um exemplo da força do futebol gaúcho em todos os cantos do Estado”, analisa o presidente da FGF, Luciano Hocsman.
O troféu da Segundona este ano vai homenagear o jornalista pelotense Sérgio Cabral. Ele sempre se dedicou ao crescimento do futebol gaúcho e atuou por muitos anos no jornal Diário Popular e também em emissoras de rádio de Pelotas. Cabral morreu em novembro de 2020, aos 61 anos, após uma cirurgia cardíaca.
As 16 equipes estão divididas em dois grupos, cada um com oito participantes. A primeira fase será disputada em turno e returno, classificando-se os quatro melhores para as quartas de final. A partir dessa etapa, os jogos serão no sistema mata-mata em ida e volta, prosseguindo assim na semifinal e na final. O campeão e o vice-campeão estarão classificados para a Série A de 2022. Os piores colocados de cada grupo da fase inicial serão rebaixados para a Terceirona Gaúcha.
O grupo A é formado por Glória, Igrejinha, Passo Fundo, União Frederiquense, Tupi, Veranópolis, Cruzeiro e Brasil de Farroupilha. No B, estão Inter de Santa Maria, São Gabriel, Guarani de Venâncio Aires, Guarany de Bagé, São Paulo, Lajeadense, Bagé e Avenida.
Por causa da pandemia, a Segundona terá regras rígidas voltadas à segurança sanitária. A testagem para Covid-19 será obrigatória para os atletas. Além disso, cada delegação será limitada a 50 profissionais, com o objetivo de evitar aglomerações. No começo, os jogos não terão a presença de público, mas clubes e FGF não descartam o retorno dos torcedores ainda este ano aos jogos da Segundona. A FGF já divulgou um protocolo geral para possível volta do público nos estádios. A decisão depende da aprovação das prefeituras de cada município. Em caso de aceitação do retorno, será permitido no máximo 25% da ocupação dos estádios. Além disso, será indispensável a apresentação da carteira de vacinação com as duas doses ou o exame RT-PCR com prazo máximo de 72h. Além de protocolos como venda de ingressos apenas de modo antecipado com prioridade para sócios em dia.
A região da Grande Porto Alegre tem como representante o Cruzeiro, agora sediado em Cachoeirinha, e que projeta voltar à elite depois de ter sido rebaixado em 2018. O time tem no comando o treinador Fabiano Borba, que realizou uma pré-temporada de 45 dias. “Nos 15 primeiros dias, demos muita ênfase à parte física, até pela questão da inatividade de alguns atletas que ficaram certo tempo parados. E agora, neste último mês, focamos mais na parte tática e técnica", disse Borba. “Meu foco é fazer uma grande competição, classificar entre os quatro primeiros da chave, mesmo sabendo que estamos competindo com times muito qualificados e acredito que será um campeonato muito competitivo, talvez o mais competitivo dos últimos anos.” O Cruzeirinho fará a sua estreia na sua Arena Cruzeiro, diante do Passo Fundo.
Ainda na primeira rodada haverá o clássico entre Inter-SM e São Gabriel, no estádio Presidente Vargas, em Santa Maria. Os demais jogos são Igrejinha x Brasil de Farroupilha, Glória x Tupi, Veranópolis x União Frederiquense, Guarany de Bagé x Guarani de Venâncio Aires, Lajeadense x Grêmio Bagé e São Paulo x Avenida.
