Brasileiros prontos para Tóquio

Brasileiros prontos para Tóquio

Nesta edição das Olimpíadas, o Brasil pode quebrar a melhor marca do país, em grande parte, pela inclusão de modalidades como surfe e skate

Por
Carlos Corrêa

O tempo vai dizer se Tóquio-2020 serão os Jogos da Pandemia ou os Jogos da Esperança. Certo é que o evento esportivo mais importante do mundo, que começa oficialmente dia 23, não ficou alheio à Covid-19. Desde os Jogos de Londres, em 1944, cancelados em função da II Guerra Mundial, que uma Olimpíada não sofria adiamentos ou cancelamentos. Prevista para o ano passado, a competição teve que lutar para acontecer e até o início de 2021 havia dúvidas se seria realizada. Vai acontecer, mas não como estamos acostumados. A principal diferença será a ausência do público. Primeiro, a restrição foi a torcedores estrangeiros, com receio de maior circulação do novo coronavírus.

No entanto, como a disseminação da doença vem em curva crescente no Japão, as autoridades vetaram também a presença de público local nas modalidades disputadas na Capital. Não demorou e outras regiões que serão sede de alguns esportes seguiram o exemplo e Tóquio-2020 será assistida quase que exclusivamente pela TV ou pela Internet.

Também paira uma dúvida sobre o nível técnico dos Jogos. Há quem acredite que será um dos mais baixos das edições mais recentes, visto que o ciclo olímpico foi praticamente interrompido por um ano, comprometendo o planejamento esportivo de milhares de atletas. Os desempenhos nas seletivas deste ano, contudo, indicam que existe esperança de que a Olimpíada mantenha o patamar, por mais que desta vez não tenhamos, pela primeira vez em anos, nomes como Usain Bolt e Michael Phelps.

Para o Brasil, a perspectiva em termos de pódio é boa, apesar de um ciclo olímpico com poucos resultados empolgantes. A possibilidade de quebrar a melhor marca do país, com as 19 medalhas do Rio-2016, se dá, em grande parte, pela inclusão no programa olímpico de modalidades em que o Brasil entra como favorito. São os casos, por exemplo, do surfe e do skate, onde Gabriel Medina e Pâmela Rosa são as maiores apostas para o ouro. Além disso, o país deve manter bom desempenho no vôlei, vôlei de praia, futebol e judô. A seguir, listamos a situação do Brasil em cada uma das modalidades em que terá atletas.

Atletismo

Nenhum outro esporte terá tantos representantes brasileiros quanto o atletismo. Serão 53 atletas. Mas convém calibrar as expectativas. Historicamente, a modalidade não é conhecida por trazer muitas medalhas. À exceção de Pequim-2008, quando foram três conquistas, incluindo o ouro de Maurren Maggi no salto em distância, o atletismo oscila entre nenhuma e uma medalha por edição. O número não deve ser muito diferente em 2021.

O atletismo do Brasil chega aos Jogos sem nenhum favoritismo, mas com algumas apostas. A mais forte talvez seja Alison dos Santos, que disputa a prova dos 400 m com barreiras. Ainda que esteja indo para a sua primeira Olimpíada, Piu, como também é conhecido o paulista de 21 anos, é o terceiro colocado no ranking mundial e tem acumulado bons resultados. Em 2019, quebrou sete vezes o recorde sul-americano da prova. Em 2021 foi mais longe e, pela primeira vez, correu abaixo dos 48s (fez 47s84), o que já o credenciaria a brigar pelo pódio. Depois, correu para 47s38, e três dias depois, em julho, cravou 47s34, confirmando que é alguém para se prestar bastante atenção.
Outro estreante em Olimpíada que também está no Top 3 mundial é Darlan Romani, do arremesso de peso. Quarto lugar no Mundial de 2019, se destacou por ser um dos únicos quatro atletas a arremessarem para mais de 22 metros, o que até então era fato inédito. Suas chances, no entanto, podem ficar comprometidas, já que se recupera de uma lesão nas costas, além de ter pego Covid-19, o que atrapalhou a reta final de treinamento.

Na esteira dos bons resultados recentes de Paulo André e Felipe Bardi, o revezamento 4 x 100m também tem boas chances de brigar na ponta de cima da concorrência. Para tanto, será preciso trabalhar o lado emocional da equipe (que conta ainda com Derick de Souza, Jorge Vides e Rodrigo Nascimento), que já foi eliminada mais de uma vez por pisar na faixa adversária. O atletismo brasileiro ainda tem potencial de brigar por medalhas com Erica Sena e Caio Bomfim (marcha atlética de 20km), Gabriel Constantino (110m com barreiras), Núbia Soares (salto triplo), Thiago Braz (salto com vara), Fernanda Borges e Andressa Morais (lançamento de disco) e no revezamento 4x100m feminino, com Ana Carolina Azevedo, Ana Cláudia Lemos, Bruna Farias, Rosângela Santos e Vitória Rosa.

Entre os representantes gaúchos, "emprestados" ou não, quem está mais perto de medalha é Almir Júnior no salto triplo. O mato-grossense defende as cores da Sogipa e vem colecionando boas marcas, com destaque para a medalha de prata no Mundial Indoor, em 2018, no Reino Unido. "Sonho com a medalha, mas, mais do que isso, estou trabalhando muito para conquistá-la." Também da Sogipa, o paranaense Samory Uiki pode surpreender no salto em distância. A marca atingida para ficar com a vaga (8,23m) seria suficiente para subir ao pódio em duas das últimas três Olimpíadas. "Sei que posso chegar lá, mas não posso colocar isso como obrigação. Estar em uma Olimpíada já é um sonho realizado, então, vamos curtir esse momento." O time dos gaúchos tem ainda Pedro Burmann e Anderson Henriques, ambos no 4x400m misto.

O restante da delegação do atletismo em Tóquio tem Ana Carolina Azevedo, Chayenne Silva, Eliane Martins, Geisa Arcanjo, Izabela da Silva, Jucilene Lima, Ketiley Batista, Laila Ferrer, Rosângela Santos, Simone Ferraz, Tabata Vitorino, Tatiane Raquel, Tiffani Marinho, Vitória Rosa, Aldemir Gomes, Alexsandro Melo, Altobeli da Silva, Augusto Dutra, Daniel Chaves, Daniel Nascimento, Eduardo de Deus, Felipe Bardi, Felipe dos Santos, Fernando Ferreira, Jorge Vides, Lucas Carvalho, Lucas da Conceição Vilar, Lucas Mazzo, Márcio Teles, Mateus Daniel Adão de Sá, Matheus Corrêa, Paulo André, Paulo Roberto de Paula, Rafael Pereira, Rodrigo Nascimento, Thiago André, Thiago Braz e Thiago Moura.

Quando: 30 de julho a 8 de agosto.

Badminton

A participação dos brasileiros na disputa do badminton deve ser importante em termos de experiência. Os dois representantes serão os cariocas Ygor Coelho de Oliveira, de 24 anos, e Fabiana da Silva, de 32. A história de Ygor, que começou a praticar o badminton em um projeto social criado pelo próprio pai, ficou conhecida em 2016, quando participou dos Jogos do Rio. Desde então, viu seus resultados melhorarem a ponto de ser um dos principais nomes no cenário sul-americano. No entanto, ainda que tenha pulado do 72º lugar no ranking internacional para o 54º, ainda parece muito distante dos principais nomes, como o japonês Kento Momota, os chineses Shi Yu Qi e Anthony Ginting e os dinamarqueses Viktor Axelsen e Anders Antonsen. Já Fabiana, depois de três Pan-Americanos, vai para a sua primeira Olimpíada. Atual número 69 no ranking feminino, deve ter dificuldades para fazer frente às favoritas, como a chinesa Chen Yu e Tai Tzu Ying, de Taiwan.

Quando: 24 de julho a 2 de agosto.

Boxe

Beatriz Ferreira. Foto: Jonne Roriz / COB / CP

Nas duas últimas Olimpíadas, o boxe garantiu medalhas ao Brasil, com direito ao ouro de Robson Conceição no Rio-2016. Para Tóquio-2020, as expectativas são de que novamente o país tenha um lugar no pódio. A principal aposta brasileira está em Beatriz Ferreira. Campeã do Mundo na Rússia em 2019 e ouro no Pan-Americano do Peru no mesmo, a baiana é a atual número 1 no ranking no seu peso (60kg) e chega para a competição com status de favorita. Mas não é a única com boas possibilidades de voltar com medalha. Hebert Souza (75kg) é 4º no ranking mundial. Apesar de novo, o baiano de 23 anos já ostenta um bronze no Mundial de Ecaterimburgo, em 2019, e, no cenário nacional, é hexacampeão e está invicto. Além dele, Keno Marley (81kg), 7º no ranking, tem boas chances.

O Brasil ainda terá como representantes em Tóquio outros quatro atletas: Abner Teixeira, Graziele Jesus, Jucielen Romeu e Wanderson de Oliveira.

Quando: 24 de agosto a 8 de julho.

Canoagem

No Rio-2016, Isaquias Queiroz entrou para a história do esporte brasileiro ao se tornar o primeiro brasileiro a conquistar, em uma mesma edição dos Jogos Olímpicos, três medalhas. Na ocasião, faturou duas pratas e um bronze. Ainda assim, ficou uma pontinha de frustração, já que o baiano de 27 anos entrou na competição como franco favorito. Agora, vai a Tóquio com nova oportunidade. Desde 2013, o atleta já soma seis títulos mundiais. Este ano, foi prata no C1 1000 na etapa da Copa do Mundo e bronze no C2 1000, onde faz dupla com Jacky Godmann, que substitui Erlon Souza, com uma lesão no quadril.

Ainda na canoagem, quem pode surpreender é Ana Sátila. Aos 26 anos, a atleta mineira conseguiu bons resultados no ano passado, com direito a ouro em duas etapas da Copa do Mundo no slalom. Apesar de em 2021 não ter repetido os mesmos desempenhos, não será surpresa se voltar do Japão com medalha. Completam o time da canoagem Pepê Gonçalves e Vagner Souto.

Quando: 25 de julho a 7 de agosto.

Ciclismo

Outra modalidade que nunca rendeu medalha ao país, o ciclismo pode não chegar a Tóquio na condição de favorito ao ouro, mas não será uma zebra se aparecer no pódio. Neste caso, a melhor aposta do Brasil está no mountain bike, com Henrique Avancini. O carioca de 32 anos é o atual número 10 no mundo na categoria e durante todo o ciclo olímpico manteve-se na fila da frente em todas as disputas, com destaque para a inédita conquista do Mundial Maratona de Auronzo do Cadore, na Itália, em 2018. No ano seguinte, foi prata no Pan de Lima e no evento-teste dos Jogos de Tóquio, terminou em quinto. O país ainda estará representado por Priscilla Stevaux, Renato Rezende, Jaqueline Mourão e Luiz Henrique Cocuzzi.

Quando: 24 de julho a 1º de agosto.

Esgrima

A histórica missão de pela primeira vez conquistar uma medalha para a esgrima brasileira estará a cargo de Guilherme Toldo, do Grêmio Náutico União, no florete, e de Nathalie Moellhausen, na espada. Tanto Nathalie quanto Toldo chegam a Tóquio com chances reais de medalha. Nathalie ocupa a quarta posição no ranking mundial da espada e chega com a credencial de ter sido campeã do mundo em 2019, na Hungria. Entre suas principais rivais, devem estar a romena Ana Maria Popescu e as chinesas Injeong Choi e Yiwen Sun.

Aos 30 anos, Toldo vai para a sua terceira vez em Jogos Olímpicos. Depois de participar de Londres-2012, fez história no Rio-2016 ao derrotar o então campeão mundial Yuki Otta nas oitavas de final e alcançar as quartas, um feito nunca atingido na esgrima brasileira. Agora, na 17ª posição no ranking mundial do florete, o gaúcho de Porto Alegre vai ao Japão com a expectativa de fazer história novamente.

Quando: 24 de julho a 1º de agosto.

Futebol

O peso nos ombros era grande. Afinal de contas, apesar do pentacampeonato mundial, o futebol brasileiro ainda carecia dela, a medalha de ouro. Mas a pressão ficou para trás desde 2016, quando a Seleção, comandada por Neymar, derrotou, nos pênaltis, a Alemanha no Maracanã e ficou com o título. Na condição de atuais campeões olímpicos, uma nova geração de jogadores agora vai a Tóquio em busca do bi. Nomes de maior expressão, como o próprio Neymar, ficaram de fora, já que os clubes não liberaram os atletas. Ainda assim, o Brasil chega aos Jogos na condição de favorito, com jogadores como o lateral Daniel Alves, do São Paulo, além de promessas como Brenno e Matheus Henrique, do Grêmio, Paulinho, do Bayer Leverkusen (ALE), e Antony, do Ajax (HOL).

Na Seleção feminina, apesar de ainda contar com a estrela Marta, a grande esperança do Brasil de enfim subir no pódio não está dentro de campo, mas na casamata. É no trabalho da técnica sueca Pia Sundhage que estão depositadas as fichas da torcida. Currículo não falta, ela já tem dois ouros olímpicos, com os Estados Unidos, em 2008 e 2012, além da prata em 2016, com a Suécia. Pia assumiu a Seleção em 2019, logo após a Copa do Mundo e promoveu mudanças. Entre os nomes mais conhecidos, permanecem jogadoras como Marta e Formiga. Já a atacante Cristiane ficou de fora. A zagueira Bruna Benites, do Inter, faz parte da equipe, assim como as gaúchas Jucinara, do Levante, e Andressinha, do Corinthians. Para variar, as favoritas ao título são as norte-americanas, comandadas por estrelas como Megan Rapinoe, Carli Lloyd e Alex Morgan.

Quando: 21 de julho a 7 de agosto.

Ginástica rítmica

Distante das favoritas Bulgária, Bielorrússia, Israel e Rússia, a meta deve ser igualar a melhor participação do país na história olímpica, que foram os oitavos lugares em Sydney-2000 e Atenas-2004, o que não é impossível, visto que ao longo das competições em 2021, as brasileiras ficaram em sétimo lugar na etapa do Azerbaijão. O conjunto brasileiro é formado por Beatriz Linhares, Déborah Medrado, Duda Araraki, Geovana Santos e Nicole Pircio.

Quando: 6 a 8 de agosto.

Ginástica artística

Arthur Nory. Foto: COB / Divulgação / CP

Dos sete representantes brasileiros, pelo menos quatro têm boas credenciais e/ou bom retrospecto recente para subir no pódio. A começar por Arthur Zanetti. Ouro em 2012 nas argolas e prata em 2016, ele foi quinto colocado no Mundial de 2019, mas segundo na etapa de Doha da Copa do Mundo, única disputada em 2021, o que o credencia a sonhar mais alto. Não é o único. Mesmo tendo conquistado o bronze no solo no Rio-2016, Arthur Nory mudou o foco e passou a investir na barra fixa. Deu certo e ele foi campeão mundial em 2019, na Alemanha. Atualmente, é o 12º do ranking mundial e deve ter como principais rivais o holandês Epke Zonderland, o japonês Hidetaka Miyachi, o turco Umit Samiloglu e o cipriota Marios Georgiou.

No feminino, Rebeca Andrade é a melhor aposta, com boas chances em vários aparelhos, principalmente trave e barras assimétricas, nas quais ocupa o segundo lugar do ranking mundial, além do individual geral. Flávia Saraiva também tem chance no solo e na trave. Correm por fora ainda Caio Souza, Diogo Soares e Francisco Barreto.

Quando: 24 de julho a 3 de agosto.

Handebol

Em 2013, o handebol feminino do Brasil surpreendeu o mundo ao conquistar o Mundial, na Sérvia. De lá para cá, a seleção feminina caiu nas oitavas de final no Mundial seguinte, em 2015, e sequer passou da fase de grupos em 2017 e 2019. Daquele time histórico, permanecem a central Ana Paula e a armadora Duda, além da goleira Babi, nascida em Novo Hamburgo. Reformulado, o time terá a missão de brigar pela primeira medalha olímpica do handebol.

No masculino, a dificuldade é semelhante. Em uma chave com Argentina, Espanha, Alemanha, França e Noruega, o Brasil - que tem como melhor resultado em Mundiais um nono lugar em 2019, e em Olimpíadas, um sétimo lugar no Rio-2016 - entra mais pensando em quebrar sua melhor marca do que em perspectiva do pódio.

Quando: 24 de julho a 8 de agosto.

Hipismo

O hipismo já rendeu ao Brasil medalha de ouro (Atenas-2004) e duas de bronze (Sydney-2000 e Atlanta-1996). Em comum a todas, a presença de Rodrigo Pessoa. Nos Jogos de Tóquio, no entanto, a medalha não parece tão próxima. Além de Pessoa, completam o time brasileiro os cavaleiros Pedro Veniss, Yuri Mansur e Marlon Zanotelli, este último com potencial para surpreender.

No adestramento individual, o representante do país será o cavaleiro paulista João Victor Oliva que, mesmo com 25 anos, já vai para a sua segunda participação em Jogos Olímpicos - fez a sua estreia no Rio-2016. No Concurso Completo de Equitação, a equipe terá Carlos Parro, Rafael Losano e Marcelo Tosi.

Quando: 24 de julho a 7 de agosto.

Judô

Com 22 conquistas, individualmente nenhum esporte rendeu mais medalhas ao Brasil do que o judô - o vôlei tem 23, mas divididas entre quadra e praia. A última vez que a modalidade voltou de mãos vazias de uma edição dos Jogos Olímpicos foi em 1980, quando a competição foi na União Soviética. Assim, é de se imaginar que a torcida brasileira pode dar como certa a presença do Brasil no pódio de Tóquio. Bem, sim e não. Não porque o judô brasileiro não vive o seu melhor ciclo olímpico. Sim porque além de sempre surpreender e conquistar uma medalha que ninguém esperava, o judô brasileiro vai ao Japão com nomes de peso. A começar por Mayra Aguiar. Aos 29 anos, a judoca da Sogipa é bicampeã mundial e dona de dois bronzes olímpicos. Experiente, vai para sua quarta Olimpíada. A gaúcha, porém, passou por uma cirurgia em setembro e voltou a competir apenas em junho, no Mundial da Hungria. "Tive que me readaptar, assim como todo o mundo, aprender a viver nesse novo normal. Além disso retornei de uma cirurgia no joelho, o que exigiu muito foco e dedicação. Nestes jogos vou dar o meu máximo, estou me sentindo muito bem fisicamente e recuperada", afirma ela, que luta na categoria até 78 kg.

Além de Mayra, há outras boas fichas a serem apostadas. Uma delas é Maria Suelen Altheman (+78kg), que vem respaldada por um bom desempenho recente, no Mundial da Hungria em junho, onde não apenas foi bronze, como na decisão bateu a cubana Idalys Ortiz. Outra aposta é Rafael Silva (+100kg), bronze em Londres-2012 e no Rio-2016 e quinto lugar no Mundial deste ano. Para completar, pela primeira vez, o programa olímpico vai incluir as disputas por equipe, nas quais o Brasil tem boas chances.

Menos cotados, mas correndo por fora na briga pelo pódio ainda estarão Maria Portela, Ketleyn Quadros, Daniel Cargnin e Rafael Macedo, todos da Sogipa, e Gabriela Chibana, Larissa Pimenta, Eric Takabatake, Eduardo Barbosa, Eduardo Santos e Rafael Buzacarini.

Quando: 24 a 31 de julho.

Levantamento de peso

Fernando Reis já é o maior nome no levantamento de peso do Brasil, mas pode terminar o ano entrando para a história com a primeira medalha da modalidade para o país. Aos 31 anos, o paulista ganhou o bronze no Mundial de 2018 na categoria acima de 109 kg. Para ajudá-lo, um fato inusitado: alguns de seus principais concorrentes da Armênia e Bielorrússia estão fora da disputa em Tóquio depois que os países foram punidos por uso de doping. Assim, se por um lado o ouro ainda parece meta ousada, já que o favoritismo ainda é de Lasha Talakhadze, a chance de pódio não parece tão distante. O Brasil ainda tem outras duas representantes: Jaqueline Ferreira e Natasha Rosa.

Quando: 24 de julho a 4 de agosto.

Maratonas aquáticas

Em Tóquio, o Brasil não vai contar com Poliana Okimoto, bronze no Rio-2016. O que não significa que diminua as chances de medalha nas maratonas aquáticas. Isso porque o país estará (muito bem) representado por Ana Marcela Cunha. Aos 29 anos, a baiana chega aos Jogos depois de bater na trave em Pequim-08 (foi quinto lugar) e Rio-16 (em décimo). Na última temporada "normal", em 2019, Ana ganhou quase tudo o que podia, com direito a cinco etapas do Circuito Mundial. Este ano, também conquistou a primeira etapa da World Series, em Doha, no Catar.

Quando: 4 de agosto

Natação

Bruno Fratus. Foto: COB / Divulgação / CP

São boas as chances de que a natação brasileira adicione pelo menos mais uma medalha à relação das 14 já conquistadas em Jogos Olímpicos. A esperança, em grande parte, recai sobre um nome: Bruno Fratus. Aos 32 anos, o carioca é, da delegação de 26 atletas, aquele com mais chances de subir no pódio, nos 50 metros livres. O nadador vem respaldado tanto pela experiência – essa é a sua terceira Olimpíada – como por alguns bons resultados, principalmente a medalha de prata no Mundial de Gwangju, na Coreia do Sul, em 2019. Mas o grande favorito da prova é norte-americano Caleb Dressel.

As provas de revezamento, mais especificamente os 4 x 200m livre, 4 x 100m livre e 4 x 100m medley também podem render boas surpresas para a natação brasileira. Além delas, não será de todo surpreendente se um bom resultado vier nos 200m livre, com Fernando Scheffer. Ainda que a melhor marca do gaúcho, natural de Canoas, seja de 1'46''28 em 2021, quase dois segundos acima dos favoritos Duncan Scott e Tom Dean, ele já nadou para 1'45''51 no final de 2018.

Na delegação brasileira também estará outra gaúcha. Viviane Jungblut, do Grêmio Náutico União (GNU), vai participar dos 1.500m livre. Oriunda das maratonas aquáticas, fez a transição para a prova das piscinas e diz estar realizando um sonho ao participar dos Jogos, ainda mais tendo passado por uma situação inusitada, quando foi diagnosticada com Covid-19 às vésperas das seletivas brasileiras. "Foi um choque no começo. Não só por não nadar, mas por não saber se ia ter sintomas, se ia ser leve ou grave, se ia conseguir retomar os treinos." Retomou e retomou tão bem que quebrou o recorde brasileiro. "Tenho um desejo muito grande de chegar lá e nadar bem, terminar a prova e ter aquele pensamento de que fiz meu melhor. Eu e meu técnico estabelecemos um objetivo ousado, que é brigar por uma final olímpica."

Completam a delegação da natação brasileira em Tóquio Aline Rodrigues, Ana Vieira, Beatriz Dizotti, Etiene Medeiros, Gabrielle Roncatto, Giovanna Diamante, Larissa Oliveira, Nathalia Almeida, Stephanie Balduccini, Breno Correia, Caio Pumputis, Felipe Lima, Gabriel Santos, Guilherme Basseto, Guilherme Costa, Guilherme Guido, Leonardo de Deus, Luiz Altamir, Marcelo Chierighini, Matheus Gonche, Murilo Sartori, Pedro Spajari e Vinícius Lanza.

Quando: 24 de julho a 1º de agosto.

Pentatlo moderno

A julgar a 76ª posição no ranking mundial, Iêda Guimarães terá dificuldades no Japão. No entanto, levando-se em conta que ela tem apenas 19 anos e logo na sua estreia em Jogos Pan-Americanos, de Lima 2019, terminou em quarto lugar, deixando para trás outras brasileiras mais bem colocadas no ranking e ficando com a vaga olímpica, a participação em Tóquio deve servir como experiência para Olimpíadas futuras.

Quando: 5 a 7 de agosto.

Remo

O carioca Lucas Verthein será o único representante do remo brasileiro nos Jogos de Tóquio. Se por um lado o Brasil é presença frequente na modalidade (ficou ausente apenas na edição de 1920), por outro nunca conquistou medalha. O melhor resultado foi um quarto lugar em Los Angeles-1984. No Japão, Verthein entra como azarão na briga pelo pódio.

Quando: 23 a 30 de julho.

Rugby

O esporte ficou de fora da programação olímpica desde 1924, voltando apenas nos Jogos do Rio-2016. Na ocasião, a equipe brasileira ficou na nona colocação. Agora, com quatro remanescentes daquele time, as Yaras, como são chamadas as jogadoras brasileiras, esperam avançar em um grupo que também tem Canadá, França e Fiji.

Quando: 29 a 31 de julho.

Saltos ornamentais

O Brasil não é uma potência olímpica quando se fala de saltos ornamentais, mas tem chance de surpreender e conquistar pela primeira vez uma medalha. Neste caso, as fichas estarão jogadas em Kawan Pereira. Na Copa do Mundo de Tóquio, em maio, o atleta de apenas 18 anos, finalizou a eliminatória na plataforma de 10m na quarta colocação entre 47 competidores. Isaac Souza, de 21 anos, vem logo atrás, com bons resultados no cenário mundial da mesma altura, inclusive uma semifinal no Mundial de 2019. Entre as mulheres, o Brasil estará representado por Luana Lira e Ingrid Oliveira.

Quando: 25 de julho a 7 de agosto.

Skate

Rayssa Leal. Foto: Julio Detefon / Divulgação / CP

Com um punhado de favoritos, as chances de pódio do Brasil são grandes. Dos 12 que vão representar o país, quem reúne maior favoritismo talvez seja Pâmela Rosa. Líder no ranking mundial na categoria street, campeã do mundo em 2019, tem mantido regularidade impressionante nos últimos anos e é favorita para voltar com medalha, possivelmente a de ouro. Mas Pâmela não é a única. Se ela lidera o ranking mundial, vale dizer que outras duas representantes também estão no Top 5: Rayssa Leal é a segunda colocada e Letícia Bufoni, a quarta. Rayssa, aliás, será a atleta mais nova de toda a delegação brasileira. A "Fadinha do Skate", como ficou conhecida, tem apenas 13 anos, mas um currículo com títulos em âmbito nacional e internacional, com direito ao vice do Mundial, quando tinha apenas 11 anos. Ainda entre as mulheres, na categoria park, todas as três brasileiras entram com chances de pódio: Dora Varella, Isadora Pacheco e Yndiara Asp.

Entre os homens, mais favoritismo. No park, tanto Pedro Barros como Luiz Francisco têm aparecido bem nas competições internacionais, são figuras frequentes nas primeiras posições dos rankings e têm tudo para conquistar medalhas, assim como Pedro Quintas, terceiro lugar no Mundial de 2019. Já na categoria street, a grande esperança é Kelvin Hoefler, que tem sido Top 5 em praticamente todas as competições de peso nos últimos dois anos. Além dele, correm por fora Felipe Gustavo e Giovanni Vianna.

Quando: 25 de julho a 5 de agosto.

Surfe

Gabriel Medina. Ed Sloane / WSL / CP Memória

O principal nome do surfe brasileiro, Gabriel Medina, é favorito ao ouro na primeira participação da modalidade no programa olímpico. Bicampeão do Circuito Mundial de Surfe (2014 e 2018), foi o primeiro brasileiro a conseguir tal feito. Atualmente, lidera o ranking com um desempenho acima da média: das seis etapas, venceu duas e chegou em segundo em outras três. São grandes as chances de sair das águas da praia de Tsurigasaki direto para o pódio. Situação semelhante é a de Ítalo Ferreira. Campeão do mundo em 2019, o surfista do Rio Grande do Norte vem logo atrás de Medina no ranking mundial e tem uma campanha na temporada que não fica longe: uma vitória e dois terceiros lugares.

No feminino, a aposta mais segura entre as brasileiras é Tatiana Weston-Webb. Nascida em Porto Alegre, é filha de uma bodyboarder brasileira e de um surfista inglês. Para completar, a família mudou-se para o Havaí quando ela tinha apenas 2 anos. Seus resultados mais recentes permitem que sonhem mais alto nos Jogos, senão com o ouro, com pelo menos um lugar no pódio. Além de Tatiana, o Brasil também estará representado na Olimpíada por Silvana Lima.

Quando: 25 a 28 de julho, mas devido ao tempo, pode se estender a 1º de agosto.

Teakwondo

Não será surpresa uma medalha brasileira, já que o país estará representado por nomes como Milena Tiotonelli. Aos 22 anos, a atleta chega a Tóquio depois de ter ficado em terceiro lugar no Mundial de 2019, na Inglaterra. No mesmo ano, foi campeã no Pan-Americano de Lima. Atualmente, Milena é a 10ª no ranking mundial e suas principais adversárias devem ser a croata Matea Jelic, a costa-marfinense Ruth Gbabi e a britânica Lauren Williams.

Ainda melhor colocado no ranking (6º), Edival Marques (até 68kg) é outro que pode garantir lugar no pódio. Netinho, como é conhecido, foi o primeiro dos brasileiros a garantir vaga nos Jogos, no início do ano passado, na Costa Rica. No entanto, como em 2020 ficou muito tempo afastado por lesão, ainda é uma incógnita o seu real potencial no Japão. A relação brasileira em Tóquio é completada com Ícaro Miguel (-80kg), prata no Mundial de 2019 e no Pan do mesmo ano. Estreante em Olimpíadas, o lutador tem apenas 10% da visão do olho direito, consequência de um acidente quando era criança. No ano passado, chegou a liderar o ranking mundial. Mesmo tendo caído para o quarto lugar, mantém bom desempenho, chegou à decisão do Aberto de Sofia, no Pan-Americano e no Open do México. Deve brigar por medalha com nomes como Maksim Khramtcov, da Rússia, Milad Harchegani, do Azerbaijão e Cheick Cisse, da Costa do Marfim.

Quando: 24 a 27 de julho.

Tênis

O Brasil marca presença na disputa pelo ouro em Tóquio com João Menezes e Thiago Monteiro, que terão a dura missão de derrotar o grande favorito, Novak Djokovic. No entanto, a grande esperança brasileira está mesmo na disputa por duplas, com Bruno Soares e Marcelo Melo. Os dois já representaram o país nos Jogos de Londres-2012 e Rio-2016, tendo em ambas oportunidades chegado às quartas de final. Na última hora, o gaúcho Marcelo Demoliner herdou uma vaga entre as desistências e entra na disputa de duplas ao lado de Thiago Monteiro. Mesma situação vale para Luisa Stefani e Laura Pigossi, que vão buscar a medalhas nas duplas femininas.

Quando: 24 de julho a 1º de agosto.

Tênis de mesa

O favorito ao ouro na disputa individual do tênis de mesa é um chinês. Qual deles, fica a critério do torcedor, tamanho o monopólio dos jogadores do país nos primeiros lugares do ranking. Entre os brasileiros, chances de medalha estão em Hugo Calderano, que, aos 25 anos, vai para sua segunda Olimpíada. O brasileiro chega credenciado pelo ouro no Pan de Lima, em 2019, e pelo sexto lugar no ranking mundial. Os demais brasileiros entram com chances mais restritas de pódio: Gustavo Tsuboi, Vitor Ishy, Bruna Takahashi, Jessica Yamada e Caroline Kuhamara.

Quando: 24 de julho a 6 de agosto.

Tiro com arco

Às vésperas dos Jogos do Rio-2016, Marcus D’Almeida chegou a ser sexto no ranking mundial. Com 18 anos, era natural que chegasse aos Jogos do Rio-2016 cercado de expectativa. No entanto, foi eliminado na primeira rodada. Foi treinar na Coreia do Sul e bons resultados apareceram. Chegou a ser nono no Mundial de 2019 e este ano foi campeão no Pan de Monterrey, no México. Hoje na 23ª posição no ranking na categoria recurvo, não chega como favorito a Tóquio, mas pode surpreender. Mais distante no ranking (86ª), a carioca Ane Marcelle dos Santos, 27 anos, busca rendimento melhor do que em 2016, quando caiu na primeira rodada.

Quando: 23 a 31 de julho.

Tiro esportivo

Até o início deste ano, os resultados de Felipe Wu, medalha de bronze nos Jogos do Rio, não eram bons o suficiente para garantir vaga em Tóquio, o que fazia com que dependesse de convite do COI. No entanto, em março, o paulista de 29 anos voltou a surpreender e ficou em quarto lugar na Copa do Mundo, na Índia, assegurando a classificação.

Quando: 24 de julho a 2 de agosto.

Triatlo

O Brasil classificou três atletas para as disputas em Tóquio: Vittoria Lopes e Luisa Batista, no feminino, e Manoel Messias, no masculino. Em termos de expectativa, os dirigentes da Confederação Brasileira de Triathlon admitem que se os brasileiros terminarem a competição no Top 20, será um bom resultado.

Quando: 26, 27 e 31 de julho.

Vela

Robert Scheidt pode não viver mais o ápice de sua carreira, mas dono de cinco medalhas olímpicas, sendo dois ouros, e outros 12 títulos mundiais, é o tipo de atleta que toda vez que entra na disputa, convém olhar com cuidado. Aos 48 anos, iniciou a temporada com boas perspectivas. O paulista foi prata no Lanzarote Series, em Portugal, em janeiro, e, em abril, chegou em segundo lugar, atrás do campeão mundial, Michael Beckett, em Vilamoura, também em Portugal.

Mas quem chega ao Japão mais bem cotada para a conquista de medalha é a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, na classe 49er FX. Top 10 no ranking mundial (na 9ª colocação), as duas defendem o título olímpico de 2016, no Rio de Janeiro, e são as adversárias a serem batidas. Neste ano, já venceram a Regata Olímpica de Inverno de Lanzarote, na Espanha, e em março, no mesmo local, faturaram o título da Regata Internacional.

Quem também está no radar do pódio são as gaúchas Fernanda Oliveira, prata em Pequim-2008, e Ana Barbachan, do Clube Jangadeiros, de Porto Alegre. As duas são as atuais número 8 do ranking mundial. O outro representante gaúcho é Samuel Albrecht, que forma dupla com Gabriela Nicolino na classe Nacra 17, única mista nos Jogos. Essa será a terceira participação de Albrecht, nascido em São Leopoldo, nas Olimpíadas, depois de Pequim-2008 e Rio-2016.

O país ainda vai com Patrícia Freitas, Gabriel Borges e Marco Grael, Henrique Haddad e Bruno Benthlem, e Jorge Zarif.

Quando: 25 de julho a 4 de agosto.

Vôlei

Foto: FIVB / Divulgação / CP

Desde Atenas-2004, o vôlei sempre tem garantido uma medalha de ouro ao Brasil, alternando apenas entre conquistas masculinas e femininas. Ao que tudo indica, vem mais medalha. O time masculino é daqueles que, ao entrar em qualquer competição, já está no rol dos favoritos. Mesmo sem o técnico Renan Dal Zotto, que estava internado em função da Covid-19, a seleção recentemente foi campeã da Liga das Nações. De quebra, é a atual Campeã do Mundo (2019) e vice do Mundial (2018). A equipe, que conta com nomes como Lucarelli, Wallace, Bruninho e os gaúchos Lucão, Thales e Fernando Cachopa, deve ter como principais rivais Polônia, Rússia, França e Estados Unidos.
Sob o comando de José Roberto Guimarães, a equipe feminina quer voltar ao pódio, depois do hiato no Rio-2016, quando o país sequer conquistou o bronze. Os resultados mais recentes indicam que o time de jogadoras como Camila Brait, Natália e a gaúcha Fernanda Garay entra com chances reais de brigar pelo título, mas não sem dificuldade. Há poucas semanas, o Brasil foi vice-campeão na Liga das Nações. Foi também vice da Liga das Nações em 2019 e quarto lugar no Mundial.

Quando: 24 de julho a 8 de agosto.

Vôlei de praia

Se há uma aposta segura de se fazer é a de que o Brasil vai terminar o evento com ao menos uma medalha no vôlei de praia. Tem sido assim a cada ciclo olímpico, desde que Sandra e Jaqueline conquistaram o ouro em uma final brasileira contra Adriana e Mônica, em Atlanta-1996. De lá para cá, já foram 13 lugares no pódio. Das quatro duplas brasileiras em Tóquio, a que chega cercada de mais expectativa é Ágata e Duda. Ágata luta por uma segunda medalha, já que foi prata ao lado de Bárbara Seixas, em 2016. Agora, junto com Duda, elas têm a dianteira do ranking mundial. No último final de semana, conquistaram o título da etapa de Gstaad do Circuito Mundial, na Suíça. Do outro lado da rede, estavam Ana Patrícia e Rebecca, a outra dupla na disputa em Tóquio, que tem a seu favor bom desempenho no Circuito Mundial em 2019 e Nacional, em 2020.
Ouro no Rio-2016, a dupla masculina Bruno Schmidt e Alison está novamente na disputa. No entanto, cada um terá um novo companheiro nas areias. Ao lado agora de Álvaro Filho, Alison parece estar um pouco mais perto do bicampeonato olímpico, já que ambos ocupam a segunda colocação no ranking mundial. Esse ano, a dupla acumula bons resultados. Bruno Schmidt e Evandro, por outro lado, vão para a competição sem tanta expectativa, já que o desempenho em 2021 não tem credenciado a voos mais altos.

Quando: 24 de julho a 7 de agosto.

Wrestling

Em um esporte dominado por atletas norte-americanos e do Leste Europeu, o país pode, pela primeira vez, brigar por medalha com Laís Nunes. A atleta goiana é a número 3 do ranking mundial, atrás de Aisuluu Tynybekova, do Quirguistão, e Marianna Sastin, da Hungria. Em grande parte, o destaque veio em função do terceiro lugar em um torneio em Roma, em janeiro. De lá para cá, foi campeã em evento na Bulgária, prata no Pan-Americano, na Guatemala, e alcançou as quartas de final no Aberto da Polônia.
Menos cotada, aparece Aline Silva. Assim como Laís, a atleta vai para a sua segunda Olimpíada e chegou a ser a número dois do mundo, mas perdeu posições e está na sétima colocação. O Brasil também estará representado por Eduard Soghomonyan, armênio naturalizado brasileiro.

Quando: 1º a 7 de agosto.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895