Universidades comunitárias e seu compromisso com o desenvolvimento regional
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Universidades comunitárias e seu compromisso com o desenvolvimento regional

Durante a pandemia da Covid-19, além de reestruturar metodologias de ensino, as comunitárias colocaram em prática ações voltadas para as comunidades em que estão inseridas, o grande objetivo do Comung

COLABORE

Evaldo Antonio Kuiava, vice-presidente do Comung

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O Rio Grande do Sul possui mais de 479 mil universitários matriculados no Ensino Superior. Este grupo de pessoas compõe o corpo discente de universidades públicas, privadas e comunitárias. O ensino comunitário surge no Estado como uma alternativa de educação, sem fins lucrativos, resultando nas universidades públicas não estatais, as universidades comunitárias.

Foi a partir de um grupo de instituições comunitárias que, em 1996, constituiu-se o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung). O Comung surge com o objetivo de viabilizar um processo integrativo para o fortalecimento individual das instituições, favorecendo, consequentemente, a comunidade universitária e a região em que elas estão inseridas. O Consórcio representa, então, um conjunto de ações que fortalecem e qualificam as universidades comunitárias, sendo a materialização de uma série de conquistas para as instituições. 

O vice-presidente do Comung, Evaldo Kuiava, Reitor da Universidade de Caxias do Sul, destaca o esforço do Consórcio em prezar pelo desenvolvimento regional. “Somos uma articulação que une as universidades para trabalhar em prol do desenvolvimento da região”. Atualmente, o Comung conta com 14 universidades comunitárias.

Em um cenário de pandemia, com aulas online e ensino remoto, as instituições comunitárias se destacam pela ideologia que as coloca em funcionamento: o foco no desenvolvimento regional. O vice-presidente, Evaldo Kuiava, ressalta os diferenciais das universidades que fazem parte do Consórcio. “As universidades que compõem o Comung garantem qualidade no processo de formação. Formamos profissionais qualificados para exercer a profissão, mas, além disso, pessoas íntegras e com valores, o que resulta no desenvolvimento”, destaca Evaldo.

Mudanças constantes, parcerias necessárias

É natural que as universidades passem por processos de mudanças constantes. Nesse sentido, Evaldo pontua que, atualmente, vive-se um processo de “comoditização” do ensino superior brasileiro. “A educação é tratada hoje como um produto qualquer, o que gera uma série de dificuldades em termos de busca de novos investimentos em estrutura e recursos humanos. Temos como contribuir ainda mais com parcerias público-privadas”, acrescenta Evaldo. 

Mesmo não sendo mantidas pelo governo, as universidades comunitárias são públicas e possuem a função social de contribuir com a educação da população. Evaldo destaca que as parcerias com o poder público, em todas as instâncias, são de extrema importância. "Em torno de 20% do orçamento é destinado para bolsas de estudo, em contrapartida da imunidade tributária. As universidades não recebem incentivos do governo para ampliar nossa atuação e contribuir ainda mais com a educação do país”.

A lei que define e qualifica as universidades comunitárias foi instituída em 2013, mas ainda não foi regulamentada. “É preciso uma regulamentação por parte do governo federal. Ainda são vistas como universidades privadas”, finaliza Evaldo.

Por outro lado, as instituições comunitárias são reconhecidas como uma alternativa viável e eficiente para a expansão da educação no Brasil. O Comung contabiliza cerca de 190 mil alunos no RS, dos 479 mil universitários do estado. Oferece 1.465 cursos de graduação e pós-graduação, constituindo-se como o maior sistema de educação superior do Rio Grande do Sul. As universidades que compõem o Consórcio são UFN, Feevale, Puc RS, UCS, Unicruz, Unijuí, Universidade LaSalle, Unisc, Unisinos, Univates, UcPel, UPF, Urcamp e Uri. 


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