Solidariedade do campo a quem mais precisa
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Solidariedade do campo a quem mais precisa

Mesmo com a estiagem e outras questões que castigam o campo, associados à Cooperativa Santa Clara provaram que a empatia é fundamental

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O campo nunca para. Desde o início da Covid-19, produtores rurais seguiram desenvolvendo seus trabalhos nas propriedades sem descanso para seguir abastecendo a cidade. Assim também é com as indústrias alimentícias, supermercados e agropecuários, estes últimos atendendo diretamente ao produtor rural. A Cooperativa Santa Clara, na Serra Gaúcha, seguiu operando com todos cuidados necessários.

Com quatro indústrias de beneficiamento de laticínios e um frigorífico suíno, plantas localizadas em Carlos Barbosa, Casca e Getúlio Vargas, e 26 supermercados, agropecuárias e farmácias em diversas cidades do Estado, uma das preocupações iniciais foi a implantação de um comitê gestor que pudesse tratar de ações especialmente para combate à pandemia internamente e proteção aos funcionários, tanto na linha de frente como nos ambientes internos e que não poderiam interromper suas funções.

Assim, durante os meses que se seguiram, a Santa Clara não deixou de recolher leite de seus 3.000 produtores ativos nenhum dia sequer. Porém, foram feitas adaptações. O diretor Administrativo e Financeiro, Alexandre Guerra, aponta que por ser um momento de incertezas, a indústria tem trabalhado sem estoques. “Tudo que se capta de leite é industrializado, procurando comercializá-lo no menor prazo possível para não ­ficar com excedentes e sem saber a que preço será vendido no mês posterior. A ideia com isso, diante deste momento de instabilidade, é poder superar este momento da maneira mais amena possível para não ser surpreendido com algum cenário adverso à política da indústria”.

E foi em meio a incertezas, estiagem e outras questões que castigam o campo que os associados à Cooperativa provaram que a empatia é fundamental. Juntos, mais de 650 produtores doaram 50 mil litros de leite, bene­- ciando 24 instituições assistenciais de Porto Alegre, Gravataí, Getúlio Vargas, Tapera, Estação, Jacutinga, Paraí, Nova Bassano, Nova Prata, Guabiju, Farroupilha e Bento Gonçalves. Com duração de duas semanas, a campanha foi protagonizada pelos associados, que doaram o que foi possível para contribuir.

A Santa Clara se comprometeu com industrialização, envase e entrega dos alimentos. Conforme ressalta o presidente do Conselho de Administração da Cooperativa, Rogerio Bruno Sauthier, mesmo diante das di­fículdades encontradas no campo, o espírito solidário e cooperativista falou mais alto. “Apesar de o nosso produtor estar sofrendo pela seca, ele ainda foi solidário e ajudou as pessoas mais necessitadas. Esse é o espírito do cooperativismo. Agradecemos imensamente a todos que doaram e contribuíram para esta nobre missão. É grati­ficante saber que vamos dar paz e alimento a tantos que precisam”, observa.

A maior doação foi concentrada no Banco de Alimentos do RS, com sede em Porto Alegre, que atende 312 entidades gaúchas. Além de 25,9 mil litros de leite, a Santa Clara também se tornou mantenedora da instituição pelo próximo ano. “Neste momento em que a pandemia do Coronavírus está provocando tanto sofrimento, tanta tristeza e tanta dor, inclusive provocando a fome, nós temos que registrar e agradecer o carinho dos produtores da Cooperativa Santa Clara, que nos ­zeram uma doação fantástica na ordem de 26 toneladas de leite para serem distribuídas às pessoas que mais necessitam”, agradeceu o presidente da rede de Banco de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard.


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