Pesquisa da URI será referência para o cultivo de soja
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Pesquisa da URI será referência para o cultivo de soja

Na área experimental “Inovação e Tecnologia” do curso de Agronomia da URI Santo Ângelo está em desenvolvimento o Centro de Geração de Informações para as Missões, no que se refere à soja

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O grupo de professores e estudantes se reveza em tempo integral na área experimental

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De acordo com a Embrapa, a produção brasileira de grãos na safra 2021/22 está estimada em 268,2 milhões de toneladas. O volume, se confirmado, representa um crescimento de 5%, quando comparada com a temporada passada, o que representa cerca de 12,79 milhões de toneladas a mais a serem colhidas. É o que mostra o 5º levantamento da Safra de grãos 2021/2022 divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Constituindo-se uma das principais comomodities (produtos que funcionam como matéria-prima) mundiais, a soja desempenha papel fundamental na economia, com os grãos sendo utilizados na alimentação humana, na produção de farelo, óleo, além do biodiesel. É a principal cultura do agronegócio brasileiro. Neste contexto, imagine-se a importância que adquirem a pesquisa, as informações, os dados e a orientação a respeito do cultivo de soja.

Na área experimental “Inovação e Tecnologia” do curso de Agronomia da URI Santo Ângelo está em desenvolvimento o Centro de Geração de Informações para as Missões, no que se refere à soja. Sob a coordenação dos professores Marcelo Gripa Madalosso, doutor em Tecnologia de Aplicação e Fitopatologia, e Juliano Farias, doutor em Entomologia, ambos coordenadores do Grupo de Proteção de Plantas/URI Santo Ângelo, estudantes de Agronomia da URI, câmpus de Santo Ângelo e de Santiago, realizam pesquisa de novas ferramentas para controle de doenças da soja.

“Nosso objetivo é auxiliar o produtor a utilizar a melhor estratégia de manejo, de cultivares, de tecnologia de aplicação, para atingir o máximo de resultado na sua lavoura”, diz Madalosso, observando que, na agricultura em geral e sobretudo na lavoura de soja, é preciso informações desenvolvidas na própria região. "A característica do solo é singular, a condição de altitude remete a uma condição de clima particular, à própria água, tudo é diferente e os dados que existem na Região do Planalto, por exemplo, não servem para as Missões ou para o Centro-Sul. Para a Região das Missões, praticamente não existem informações. Queremos fazer aqui um Centro de Geração de Informações para as Missões e, na medida em que formos expandindo as pesquisas, podemos gerar esses dados para outras regiões”, destaca.

O grupo de professores e estudantes se reveza em tempo integral na área experimental, fazendo aplicações diurnas e noturnas, assim como monitoramento 24 horas. A pesquisa inicia já com o tipo de água captada para fazer a caldde aplicação dos produtos. “A questão da água varia muito, não existem dados sobre isso e o produtor precisa da informação correta”, enfatiza Madalosso, afirmando que “a partir deste cenário, nos tornamos referência para a Região das Missões”, lembra o pesquisador. Os professores destacam o apoio da direção do Câmpus na URI Santo Ângelo, pois, além do investimento na pesquisa, está agregando cada vez mais espaço físico. O cultivo de soja que iniciou em 5 hectares, neste ano já aumentou para 20 hectares. Outro aspecto importante observado é a integração entre os universitários da URI de Santo Ângelo e de Santiago, que além da tecnologia, desenvolvem o trabalho em equipe. O espírito de pesquisa, as relações interpessoais hoje são tão valorizadas em qualquer ambiente de trabalho.


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