Telemedicina promete trazer mais qualidade no atendimento e baratear custos
Especialistas apontam que regulamentação da teleconsulta pode melhorar a gestão de riscos e ampliar cuidados preventivos
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Imagine um local que reúne, por meio da tecnologia, diversos especialistas, oferece atendimento e exames a custos baixos, qualidade alta e que ainda resolve a demanda do paciente e do sistema de saúde? Essa interface em que “tudo conversa com tudo, por meio da Internet das coisas (ioT)” existe e possibilitará, muito em breve, a ampliação da vigência do modelo tradicional de atendimento médico com a regulamentação da teleconsulta entre médico e paciente.
Conforme o assessor jurídico, Marcello Stracquadanio (foto abaixo), a consulta médica, por meio de videoconferência, faz parte da resolução nº 2.227/2018, que vem regular e autorizar a realização de consultas on-line, teletriagem, telecirurgias e telediagnóstico, entre outras formas de atendimento à distância. O assunto foi avaliado, nesta semana, em Brasília, pela diretoria do Conselho Federal de Medicina (CFM), junto com os presidentes dos 27 conselhos regionais (CRMs). No encontro, foram discutidos pontos relativos à publicação da resolução, que tem previsão de vigência em maio. Apesar disso, o Conselho Regional de Medicina do Estado do RS, o Sindicato Médico do RS e a Associação Médica do RS publicaram nota conjunta esclarecendo que não participaram da elaboração da resolução.
Com a resolução, haverá muitos avanços na saúde, em virtude dos recursos desenvolvidos na telemedicina. De acordo com o médico digitalista e diretor do Instituto Alba, dr. José Paulo Flores, também o telemonitoramento traz muitos benefícios aos ecossistemas de saúde. “Por meio de protocolos rígidos baseados em evidências e um banco de dados em uma plataforma digital, é possível acompanhar, remotamente, inclusive a realização de um exame em tempo real. E ainda trocar informações, com até dez especialistas, de forma sincrônica, se for necessário”, explica Flores.
O especialista destaca que a telemedicina e o telemonitoramento de crônicos contribuirão ainda mais para uma melhor gestão de riscos, ampliando a percepção de saúde e bem-estar, ao promover maiores cuidados preventivos aos pacientes. “É um direito do paciente ser assistido e a tecnologia está aí para auxiliar nesse processo”, destaca. “O paciente é um todo. A digitabilidade é o caminho para a integralidade no atendimento médico. Nosso trabalho é cada vez mais garantir a autonomia do paciente, fazendo com que ele alcance a longevidade com custos mais adequados em saúde”, observa. O médico também destaca "viver mais, com qualidade! A população está envelhecendo e precisa se preparar para isso e a tecnologia está ajudando muito para saúde e percepção de bem-estar".