Dermatologista explica o que as suas unhas revelam sobre a saúde

Dermatologista explica o que as suas unhas revelam sobre a saúde

Especialista dá dicas de cuidado e mostra quais sinais merecem atenção por poderem indicar o surgimento de doenças

R7

As unhas, além de representar higiene, autocuidado ou vaidade, essa parte do corpo pode refletir o estado do organismo em geral

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Os cuidados com as unhas são um hábito para grande parte da população, para mulheres e também para os homens. No entanto, além de representar higiene, autocuidado ou vaidade, essa parte do corpo pode refletir o estado do organismo em geral. Quem explica os sinais é a dermatologista Adriana Vilarinho, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD).

“Qualquer alteração pode não ser uma mera coincidência. Se as unhas não estão saudáveis, seja pela cor ou pela aparência, elas podem estar denunciando muito sobre como anda o organismo. Mesmo a unha sendo um tecido morto, a parte beneficiada pela boa alimentação é apenas a matriz, que recebe vitaminas e minerais para sua formação, por isso, é importante ter atenção”, revela.

De acordo com Adriana Vilarinho, unhas claras em excesso podem indicar deficiências nutricionais ou até problemas hormonais, podendo também ser falta de proteína ou de ferro, indicando anemia.

Unhas muito esbranquiçadas podem ser sinal de doenças hepáticas, doenças renais, cirrose, insuficiência cardíaca, diabetes, infecção fúngica ou até uma alteração genética e indício de doenças como vitiligo e hanseníase.

Já a presença de manchas brancas pode ser causada por variações hormonais ao longo do ciclo menstrual. Geralmente não indicam qualquer problema de saúde, mas podem surgir com o uso de alguns antibióticos ou doenças como vitiligo e hanseníase, por exemplo.

Quando surgem com coloração amarelada, normalmente pode ser indicação de doenças pulmonares, hepáticas, psoríase, infecção fúngica, diabetes, ou até reação a algum medicamento.

Ondulações na superfície são uma consequência natural do envelhecimento, mas esse aspecto pode aparecer também após doenças infecciosas, psoríase, dermatite atópica, lúpus ou como reação a medicações mais fortes, como no caso da quimioterapia.

Se surgirem rachaduras, o melhor a se fazer é diminuir o uso de esmaltes, acetonas e produtos químicos. Também pode ser um sinal de carência de vitaminas, ferro, ácido fólico, desnutrição, doenças endócrinas ou problemas na tireoide.

A médica faz recomendações simples para manter os cuidados dessa região: cortar sempre em formato quadrado para evitar que elas encravem, principalmente as unhas dos pés; não retirar toda a cutícula, já que ela é uma proteção que impede a infecção por fungos e bactérias; nunca compartilhar alicate, lixa, palito e tesoura; incluir na rotina alimentos ricos em proteínas; enxugar muito bem para prevenir as micoses; usar luvas nas tarefas domésticas, se possível, e ao manusear produtos de limpeza ou tóxicos; não roer; preferir produtos antialérgicos.

No entanto, nada dispensa a visita a um profissional de saúde qualificado para observar caso a caso. Apenas médicos podem realizar um diagnóstico adequado, bem como indicar o tratamento a ser realizado.


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