Cibersegurança: como hackers atuam para roubar dados e invadir sistemas
Para gerente da Cirion Technologies, Yuri Mench, criminosos se aproveitam da preocupação e da ganância das pessoas
publicidade
A cibersegurança é um dos temas mais em pauta hoje no ramo da tecnologia. Com os constantes avanços do ambiente digital, aumentam também as preocupações de como as pessoas, empresas e ogranizações governamentais podem se proteger no universo on-line.
Para entender a magnitude dos ataques cibernéticos, é possível citar dados oficiais do governo. De acordo com estatísticas do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, no ano passado foram registrados quase 5 mil incidentes cibernéticos sofridos pelo Planalto. O recorde ocorreu em 2019: foram 10.716 ocorrências naquele ano.
Para o gerente da Cirion Technologies, Yuri Mench, que participa do Futurecom no São Paulo Expo, em São Paulo, e concedeu entrevista à reportagem do Correio do Povo, os criminosos focam em duas emoções centrais das pessoas: preocupação e ganância. "É muito comum que os hackers mandem e-mails para os usuários dizendo que eles têm alguma dívida urgente para pagar. Ao clicar nestas mensagens, o público acaba fornecendo os seus dados e problemas podem ocorrer a partir disto", afirma. "Outra artimanha bastante usada é alguma mensagem com um link informando sobre alguma promoção muito atraente ou da entrega de algum prêmio em dinheiro", acrescenta.
Gerente da Cirion Technologies, Yuri Mench, afirma que a cibersegurança é um dos temas centrais no ramo da tecnologia. Segundo ele, os hackers se aproveitam da preocupação e ganância das pessoas para aplicação dos golpes. @correio_dopovo pic.twitter.com/OU3dfmel8x
— Lucas Eliel (@olucaseliel) October 19, 2022
Conforme Mench, os hackers ao investirem nas ofensivas contra as empresas ou instituições governamentais, trabalham diversas vezes com o sequestro de dados. "Frequentemente nós conseguimos observar esta estratégia. Eles invadem os sistemas das companhias e pegam informações dos colaboradores e o banco de dados das instituições. Em seguida, pedem dinheiro em troca para a normalização da situação", analisa.
De acordo com o especialista, a pandemia de Covid-19 impactou diretamente na quantidade dos ataques cibernéticos, pois em razão do cenário de saúde em relação à doença, as empresas acabam focando bastante em formas de se comunicar e trabalhar digitalmente. "Outra coisa que também impulsiona os hackers é o fato das pessoas cada vez mais acessarem serviços on-line dentro e fora das instituições", afirma.