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Twitter: Musk exige provas de percentual de contas falsas para seguir com acordo

CEO da rede social, Parag Agrawal, afirmou que a plataforma suspende mais de meio milhão de contas que parecem falsas a cada dia

Elon Musk diz que compra do Twitter não prosseguirá sem garantias sobre contas falsas
Elon Musk diz que compra do Twitter não prosseguirá sem garantias sobre contas falsas Foto por: Brendan Smialowski / AFP / CP

O bilionário Elon Musk afirmou nesta terça-feira (17) que a aquisição do Twitter não vai prosseguir, a menos que ele receba garantias sobre o número de contas falsas na plataforma, o que complica a complexa oferta de compra da rede social. Musk, CEO da SpaceX e da Tesla é atualmente a pessoa mais rica do planeta, segundo a revista Forbes, com uma fortuna avaliada em 230 bilhões de dólares.

O empresário, que é considerado pelos fãs um gênio iconoclasta e por seus críticos um megalomaníaco errático, surpreendeu o mundo das finanças em abril ao anunciar a intenção de comprar o Twitter. No entanto, a oferta de 44 bilhões de dólares está suspensa até que uma solução seja apresentada sobre o número de contas falsas, conhecidas como "bots".

"Ontem, o CEO do Twitter se recusou publicamente a mostrar provas de <5%", tuitou Musk, que tem quase 94 milhões de seguidores na rede social, sobre sua exigência para confirmar que menos de 5% das contas são falsas na rede social. "O acordo não pode avançar até que ele faça isto", completou.

O CEO do Twitter, Parag Agrawal, afirma que a plataforma suspende mais de meio milhão de contas que parecem falsas a cada dia, geralmente antes mesmo de serem vistas, e bloqueia milhões por semana que não passam nas verificações para garantir que sejam controladas por humanos e não por um software. As análises internas mostram que menos de 5% das contas ativas em um dia médio são classificadas como "spam", mas estas contas não podem ser replicadas por terceiros devido a requisitos de privacidade, afirmou Agrawal.

Uma praga

Musk - que afirma que os "bots" são uma praga no Twitter e que considera uma prioridade se livrar deles caso assuma o controle da plataforma - respondeu à explicação de Agrawal , apresentada em um tuíte, com um emoji de cocô. "Então, como os anunciantes sabem o que estão recebendo pelo seu dinheiro?", Musk questionou em uma mensagem posterior sobre a necessidade de provar que os usuários do Twitter são pessoas reais. "Isso é fundamental para a saúde financeira do Twitter", completou.

O procedimento para calcular quantas contas são "bots" foi compartilhado com Musk, insistiu Agrawal. O analista Dan Ives, da empresa Wedbus, afirmou em uma nota aos investidores que a questão das contas falsas está deixando o acordo confuso. "A questão dos 'bots', no fim das contas, era conhecida até pelos taxistas de Nova York e nos parece mais a desculpa do 'cachorro comeu o dever de casa' para desistir do acordo do Twitter ou para obter um preço menor', destacou o analista.

Musk afirma que sua motivação para a compra é o desejo de garantir a liberdade de expressão na plataforma e aumentar a monetização de uma rede social que é muito influente influente, mas que enfrenta dificuldades para conseguir um crescimento rentável. O empresário também se declarou favorável a suspender o veto na plataforma contra o ex-presidente americano Donald Trump, que foi expulso do Twitter em janeiro de 2021, depois que seus partidários, estimulados pelos tuítes do republicano que alegavam fraude eleitoral, atacaram o Congresso dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021.

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