Painel "Games e NFTs" da South Summit destaca potencial do Brasil na "gamificação da economia"

Painel "Games e NFTs" da South Summit destaca potencial do Brasil na "gamificação da economia"

Confederação Brasileira de Games e Esports destacou desempenho do país nos torneios e tamanho do mercado

Bernardo Bercht

Painel discutiu possibilidades de investimento e lançou NFTs da CBGE

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O painel "Games e NFTs - o Metaverso real" da South Summit Brazil, nesta sexta-feira em Porto Alegre, trouxe um panorama do cenário mundial e posicionou o Brasil como alto potencial de investimentos. De acordo com o painel, o país tem representatividade tanto para divulgações de marketing padrão, como para desenvolvimento de jogos. A Confederação Brasileira de Games e Esports lançou, ainda, uma coleção de NFTs para destacar o potencial de financiamento em comunidade.

O executivo-chefe da Global Esports Federation, Paul Foster, salientou a dimensão brasileira no cenário mundial de jogos. "O Brasil não é apenas um membro da federação de Esports. Ele é cada vez mais um centro", definiu, antes de destacar a performance e audiência nas principais competições. "A equipe brasileira teve um desempenho incrível no Global Sport Games em Singapura. Durante a pandemia tivemos 500 milhões de espectadores. Era o mundo conectado nesse evento", afirmou.

De acordo com Foster, esse potencial, aliado às novas modalidades das redes sociais e do blockchain criam um cenário novo. "Temos a oportunidade de falar em um novo modelo de fazer negócios em conjunto, uma colaboração internacional", projetou.

A CEO da Multifaces Comunicação, Vanessa Donnianni, avaliou que a audiência virtual das grandes competições de games coloca a CBGE, nos games, no patamar de uma CBF, no futebol. "Precisa entender o tamanho da audiência desse mercado e colocar sua marca lá", relatou.

Ela exemplificou, através de pesquisas, os potenciais e características do mercado nacional em público. "Os games são a terceira paixão do Brasil, atrás de Flamengo e Corinthians", comparou. "Os jogos estão em todas as classes sociais." Curiosamente, uma indústria que sempre foi bastante dirigida para o mercado masculino, tem um consumo maior feminino no país. "As mulheres são as maiores consumidoras de games, mas elas jogam mais no celular. Os homens são do mercado dos consoles e PCs", comparou Vanessa.

Para além do consumo convencional de jogos, ela projetou que o blockchain, o metaverso e as NFTs criam uma nova gama para monetização. Conforme a CEO, os próprios gamers podem ganhar dinheiro com esse mercado. "A tokenização muda a dependência das grandes plataformas para se monetizar. É importante desenvolver uma marca pessoal nas redes sociais", ponderou.

Tokenização, é exatamente a criação de "identidade" na internet, mas uma identidade vinculada através do blockchain, tal qual a NFT.

Tassio Gil Maia, CEO Softrends, detalhou como pode funcionar a "nova economia dos games". De acordo com ele, "é possível gamificar a economia, um conceito de construção na experiência do usuário. Seja no celular, no console, em times ou sozinho".

O problema, conforme o especialista, está na qualidade da experiência com as NFTs. "Games vinculados a NFT não têm boa jogabilidade, não mostram a experiência do jogo tradicional. A ideia é criar jogos a partir de agora que tragam essa experiência com o NFT", avaliou. Segundo ele, o Brasil tem grande potencial para desenvolver esses jogos. "Criar jogos no Brasil inclusive, com a tokenização, conectados ao metaverso e à criptoeconomia."

Prometendo um "modelo de negócios que surge da comunidade para a comunidade e não depende de uma instituição financeira", o CEO anunciou uma iniciativa da CBGE. A confederação lançou o que chama de "community Tolken", uma coleção de tolkens "super raros que dão origem a um movimento de financiamento descentralizado no Esports no Brasil", relatou Tassio.

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