South Summit: Inovação no agro precisa ser "aplicável"

South Summit: Inovação no agro precisa ser "aplicável"

Painelistas sobre produção alimentar sustentável analisam as inúmeras possibilidades

Bernardo Bercht

Painel analisa produção sustentável

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Entre as temáticas essenciais da evolução tecnológica está a produção de alimentos de forma sustentável. A South Summit, em Porto Alegre, abordou a questão e a conclusão dos painelistas foi taxativa: "Precisa ser aplicável, fácil para as pessoas usarem e também atender o outro lado da oferta, os consumidores. No final, o que se quer é que a fazendo produza", resumiu Alexandre Mendonça de Barros, da MB Agro.

"Os setores precisam achar como engajar os produtores. Mostrar que a tecnologia ajuda. Precisa aproximar o produtor, há muitas oportunidades", comentou Mendonça. "O produtor rural está faminto pelas tecnologias inovadoras e quer participar disso. Mas existem muitas e às vezes fica difícil escolher a correta", analisou.

Frederico Logemann, diretor de novação da SLC Agrícola, afirmou que essa adoção terá de vir por diversas frentes e não apenas de uma grande corrente de mercado. "A gente aprendeu nos últimos anos. Antes se falava em inovação com grandes empresas, que forneciam dados e ditavam onde o mundo estava indo. Agora, ela vem de todas as partes. Muda a forma de trabalhar e as empresas precisam encontrar seu limite tecnológico, mas que entre nessa curva de inovação", salientou.

Ele frisou, contudo, que vê o produtor pronto para esse novo cenário. "O agricultor brasileiro tem uma mente aberta para os caminhos inovadores. Estamos no mesmo nível dos Estados Unidos em diversos produtos. Precisamos do capital de risco para acelerar o meio, financiamento para desenvolver", acrescentou.

Mendonça reforçou a questão da produtividade. "A tecnologia precisa tocar nesse ponto, como ela faz a fazenda produzir. Senão, às vezes os negócios entram em conflito. Precisa da correta comunicação."

Outro quesito que bate forte na necessidade de inovar é, claro, a preservação ambiental. "Há um problema de marketing nessa questão. Existe pressão de fora para nosso setor enviar uma mensagem diferente. União Europeia e EUA olham para a nossa agricultura e dizem que temos que parar a exploração em alguns pontos. Há uma maneira distorcida de ver o que está sendo feito no Brasil. Principalmente neste ponto do desmatamento."

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