Cientistas estudam possível primeiro planeta descoberto em outra galáxia

Cientistas estudam possível primeiro planeta descoberto em outra galáxia

Exoplaneta candidato está localizado na Galáxia Whirlpool, a 28 milhões de anos-luz da Terra

Correio do Povo

Exoplaneta candidato está localizado na Galáxia Whirlpool, a 28 milhões de anos-luz da Terra

publicidade

Cientistas investigam possível primeiro planeta localizado fora da Via Láctea. As evidências sobre o exoplaneta candidato a ser a primeira descoberta em outra galáxia foram publicadas em estudo científico na Nature Astronomy, nessa segunda-feira. O estudo mostra que exoplaneta está localizado na Galáxia Whirlpool, a 28 milhões de anos-luz da Terra, o que significa que estaria milhares de vezes mais distante do que os da Via Láctea.

O possível planeta foi detectado através dos dados coletados pelo Observatório de Raios-X Chandra, um telescópio espacial da Nasa que observa o Universo no espectro dos raios-X. “Estamos tentando abrir uma nova arena para encontrar outros mundos, procurando por candidatos a planetas em comprimentos de onda de raios-X, uma estratégia que torna possível descobri-los em outras galáxias”, disse Rosanne Di Stefano, do Center for Astrophysics da Harvard & Smithsonian (CfA), que liderou o estudo.

O resultado do estudo é baseado em trânsitos, eventos em que a passagem de um planeta na frente de uma estrela bloqueia parte da luz da estrela. Astrônomos usando telescópios terrestres e espaciais – como os das missões Kepler e TESS da NASA – procuraram por quedas de luz óptica, radiação eletromagnética que os humanos podem ver, permitindo a descoberta de milhares de planetas.

Embora este seja um estudo importante, mais dados seriam necessários para verificar a interpretação como um exoplaneta extragaláctico. O desafio, segundo os astrônomos, é que a grande órbita do candidato a planeta não cruzaria na frente de seu parceiro binário novamente por cerca de 70 anos, frustrando quaisquer tentativas de uma observação de confirmação por décadas.

“Infelizmente, para confirmar que estamos vendo um planeta, provavelmente teríamos que esperar décadas para ver outro trânsito”, disse a coautora do estudo Nia Imara, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz. “E por causa das incertezas sobre quanto tempo leva para orbitar, não saberíamos exatamente quando olhar.”


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895