Spotify anuncia corte de 17% do pessoal, na tentativa de gerar lucro mais rápido
Daniel Ek, executivo-chefe da empresa, anunciou a demissão de 1.500 funcionários nesta segunda-feira
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O Spotify se prepara para cortar 17% de sua força de trabalho, ou cerca de 1.500 funcionários, no momento em que a companhia acelera sua atuação para gerar lucro. O executivo-chefe da empresa, Daniel Ek, anunciou o corte, o terceiro neste ano da companhia sediada em Estocolmo, à equipe nesta segunda-feira, 4.
Apesar dos esforços para reduzir custos, Ek disse que o Spotify ainda gasta muito. A companhia de streaming em áudio tem sido pressionada pelo crescimento econômico menor, bem como pelas altas nas taxas de juros, que tornam mais caros os empréstimos, apontou ele.
Como outras companhias no setor de tecnologia, o Spotify cresceu de tamanho e escopo na pandemia, quase dobrando seu pessoal nos últimos três anos, para mais de 8 mil funcionários, com contratações e aquisições. Com investidores mais centrados na lucratividade que no crescimento, muitas companhias com foco em streaming têm feito cortes agressivos em custos.
No caso do Spotify, isso significa reduzir uma aposta de US$ 1 bilhão em podcasts, também com demissões feitas mais cedo neste ano. Nos primeiros nove meses do ano, a empresa registrou prejuízo de 462 milhões de euros (US$ 503 milhões). Agora, busca equilibrar investimentos em áreas emergentes para ela, como o negócio de anúncios, com a necessidade de gerar lucro de modo consistente. Ek disse que a empresa planeja atingir lucratividade até 2024.
No terceiro trimestre, o Spotify registrou um lucro surpreendente, com crescimento também em número de usuários.