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"É inaceitável e vamos acionar a Justiça", diz relator do PL das Fake News sobre Telegram

Plataforma enviou aos seus usuários mensagem atacando o projeto de lei, que prevê regulamentação das plataformas digitais

Relator do PL das Fake News, deputado Orlando Silva descreveu ação como "abuso de poder econômico"
Relator do PL das Fake News, deputado Orlando Silva descreveu ação como "abuso de poder econômico" Foto por: José Cruz / ABr / CP

O relator do projeto de lei das Fake News, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), descreveu como 'abuso de poder econômico' o movimento do aplicativo de mensagens Telegram, que enviou texto aos usuários nesta terça-feira (9) criticando a proposta. O parlamentar afirmou que vai acionar a Justiça contra a empresa.

"É um escândalo para uma multinacional. Abusa da sua estrutura de mensagem e difunde mentiras sobre o parlamento brasileiro. Querem colocar o Congresso de joelhos", declarou Silva.

Ele contou que o Telegram foi chamado diversas vezes para discutir sobre o assunto na Câmara, mas não compareceu. "Nunca se fez presente e agora distribui, abusando do poder econômico, usando a estrutura para mentir e atacar a democracia brasileira. Isso é inaceitável e essa Casa tem autonomia para discutir o que achar necessário", afirmou.

A mensagem divulgada pela plataforma afirma que o PL das Fake News vai "acabar com a liberdade de expressão" e que "dá ao governo poderes de censura sem supervisão judicial".

Regulamentação

O PL das Fake News tramitava em regime de urgência na Câmara dos Deputados, mas Orlando Silva pediu o adiamento da votação da proposta na última terça-feira (2) por causa das divergências sobre o texto. Em linhas gerais, o projeto cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet e é um primeiro passo para a regulamentação das redes sociais e dos buscadores de internet. O texto prevê regras de uso, gestão e punição em caso da divulgação de notícias falsas.

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