Porto Alegre retoma comemorações de carnaval com a Descida da Borges

Porto Alegre retoma comemorações de carnaval com a Descida da Borges

Festa tradicional reuniu multidão e diversas Escolas de Samba

Taís Teixeira

Corte carnavalesca puxou a festa no Centro da Capital

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O carnaval de Porto Alegre está aberto oficialmente. O prefeito Sebastião Melo entregou a chave da cidade para o Rei Momo Bira Borba e sua corte no Paço Municipal, nesta sexta-feira. Depois do cancelamento em 2021 devido ao estágio da pandemia na época, a retomada dos festejos carnavalescos resgatou a tradicional Descida da Borges, na altura da rua dos Andradas até o Paço, onde sete escolas do grupo de Ouro de Porto Alegre desfilaram, sendo ovacionadas pelo público presente. Neste ano, o carnaval vai ocorrer nos dias 6, 7 e 8 de maio, no Complexo Cultural do Porto Seco, bairro Rubem Berta.

O prefeito e a primeira-dama, Valéria Leopoldino, acompanharam parte do desfile, arriscando alguns passos. “Não sei sambar, mas sou apaixonada por carnaval”, declarou Valéria. Melo reforçou que no Brasil uma das manifestações populares mais fortes é o carnaval, destacando que a Capital tem uma grande tradição de blocos de ruas. “A pandemia tirou essa possibilidade, mas de forma responsável alteramos a data e hoje a cidade está vacinada e com baixa transmissão para viver esse momento”, disse. O prefeito ainda sinalizou que a partir da descida da Borges, o carnaval de rua pode ser uma realidade. "O carnaval do Centro é um simbolismo e está alinhado à revitalização que estamos fazendo no local”, contextualizou.

O secretário Municipal de Cultura, Gunter Axt,  enfatizou que o evento foi organizado com cuidado e ressaltou que a Descida da Borges tem uma representatividade fundamental para a identidade da Capital. “Aqui aconteciam os antigos carnavais'', relembrou. Axt acrescentou que as escolas que desfilaram vieram em número reduzido em respeito aos protocolos ainda vigentes. O secretário antecipou que a próxima etapa, que é o Festival do Samba Enredo,  está prevista para o próximo fim de semana, antes do desfile das escolas, no começo de maio.  

Na batida da emoção

“Vai ter carnaval sim”, vibrou o Rei Momo Bira Borba, ainda no Paço Municipal. Já na descida da Borges, na altura da Rua dos Andradas até o Paço, a primeira escola de samba que abriu o desfile, Imperadores do Samba, já estava no aquecimento, com a batida da bateria retumbando pelas ruas do Centro. A felicidade estava no rosto dos integrantes e do público.

Muitas pessoas lotaram os dois lados da avenida Borges, cantando, dançando, fazendo fotos e vídeos dos seus celulares enquanto os grupos passavam. A professora Lili Fernandes estava muito feliz. “Eu amo carnaval”, destacou. A servidora pública, Luciane Campos, foi acompanhar a sua escola preferida, já que neste ano não desfilou. “Foi devido à pandemia, mas vim prestigiar”, salientou.

A corte, também formada pela rainha Kênya Regina Silveira Teixeira, primeira princesa, Solange Nazário Medeiros Lobato, e segunda princesa,  Cássia Katherine Joaquim dos Santos da Silva, encantava com suas coroas e vestidos dourados. Unindo trabalho e a vida universitária no curso de administração de empresas, a rainha Kênia, de 21 anos, relatou que a  vida com carnaval começou há onze anos, tempo que lhe deu resistência para sambar por horas no salto sem dor imediata. “Agora não estou sentindo nada, talvez amanhã”, disse, detalhando que, com a rotina atribulada, faz academia quando sobra tempo.

O passista Fabrício Silva começou a se envolver com a festa há 13 anos e há seis é passista. “Eu amo estar aqui”, disse. Na ala das baianas da Imperadores do Samba, Leonilda Lopes, de 61 anos, dançava de braços abertos como se estivesse revigorada. “Eu desfilo há 35 anos, carnaval para mim é tudo”, afirmou. Desfilaram as escolas  Imperadores do Samba, União da Tinga, Império da Zona Norte,Imperatriz D. Leopoldina, Fidalgos e Aristocratas, Bambas da Orgia e Estado Maior da Restinga.






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