Câmera Record mostra a realidade de quem vive sem energia elétrica muito antes da crise energética

Câmera Record mostra a realidade de quem vive sem energia elétrica muito antes da crise energética

A estimativa é de que quase 1 milhão de brasileiros vivam hoje sem acesso à eletricidade

Correio do Povo

Programa realiza uma expedição por cenários remotos da Amazônia

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Em meio à crise hídrica e energética que o Brasil atravessa, muitos estão aprendendo a viver sem luz. No entanto, o Câmera Record deste domingo, 26 de setembro, relata como é a vida de milhares de pessoas que há anos não possuem eletricidade e vivem sem acesso aos recursos mais simples da vida moderna, como geladeira e televisão. A estimativa é de que quase 1 milhão de brasileiros vivam hoje sem acesso à energia, a maioria localizada na região Norte. Com apresentação de Marcos Hummel, o programa vai ao ar às 23h30min, na Record TV. 

"A região Norte, naturalmente, com inúmeros desafios técnicos e logísticos, é a região menos atendida. É essencialmente onde está esse problema de pessoas ainda sem acesso à energia elétrica", diz ao Câmera Record, o coordenador de projetos do Instituto de Energia e Meio Ambiente, Ricardo Baitelo.  O programa realiza uma expedição por cenários remotos da Amazônia, uma jornada que logo se transforma em uma viagem no tempo. Os repórteres desembarcaram na Ilha de Marajó, no norte do Pará. A região possui 530 mil habitantes - metade vive sem energia elétrica. 

José Leal e Sebastiana Cardoso moram na ilha há mais de 30 anos. "Nunca teve energia", diz José. A família recorre a pequenos geradores, lanternas e até mesmo lamparinas. Fogão, só à lenha. E, sem geladeira, as famílias da região usam técnicas primitivas para preservar alimentos. "A gente tem que arrumar e salgar, passar o sal", explica Sebastiana, ao guardar um pedaço de carne. 

A ausência de eletricidade cria outras situações surpreendentes. As comunidades isoladas não têm qualquer contato com TV e internet. As escolas da região também não possuem energia elétrica e, muitas vezes, a lição de casa é feita à luz de velas ou lamparinas. A situação torna ainda mais difícil para quem precisa lidar com o inesperado. Jacirene Corrêa, parteira da região, já trouxe bebês ao mundo no meio da escuridão. "Não dá para ver nada. Eu fico com medo de errar", ela diz. Para Andreia de Souza, a rotina sem luz terminou em tragédia. A família dela sofreu um grave acidente causado pelo combustível de uma lamparina. "Foi um desespero total, foi tipo um filme de terror. Eu perdi meu bebê, ele tinha apenas 1 ano e seis meses... Dói demais", ela conta, emocionada. 

 






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