Ópera “O Acordo Perfeito” tem transmissão gratuita neste domingo

Ópera “O Acordo Perfeito” tem transmissão gratuita neste domingo

Espetáculo em cartaz neste final de semana é a primeira ópera na Sala Sinfônica da Casa da Ospa desde sua inauguração, em 2018

Correio do Povo

Maestro Evandro Matté e diretor cênico Flávio Leite (atrás) e solistas Daniel Germano (baixo-barítono), Carla Domingues (soprano) e Giovanni Tristacci (tenor).

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A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), apresenta neste final de semana, às 17h, um dos maiores destaques da temporada 2021: a estreia nacional da ópera “O Acordo Perfeito”,  de Adolphe Adam (1803-1856). Pela primeira vez desde a inauguração em 2018, a Sala Sinfônica da Casa da Ospa (Centro Administrativo do Estado - Borges de Medeiros, 1.501) recebe uma ópera completa, com cenário e figurinos originais, além de iluminação especial e legendagem. Haverá transmissão gratuita do espetáculo neste domingo, pelo canal da Ospa no Youtube e pela plataforma culturaemcasa.com.br. Quem optar pelo evento presencial - com limite de 400 pessoas - deve conferir a disponibilidade de ingressos pelas redes sociais e no site ospa.org.br (máximo de dois ingressos por CPF), mediante a doação de 1kg de alimento não perecível, entregue na bilheteria. O estacionamento é gratuito. 

O diretor cênico Flávio Leite adaptou o texto original, trazendo a história do triângulo amoroso situado no século XIX para os dias atuais.  Com regência e direção musical de Evandro Matté, o espetáculo é estrelado pelo trio de solistas Carla Domingues (soprano), Giovanni Tristacci (tenor) e Daniel Germano (baixo-barítono). “O Acordo Perfeito” é uma ópera cômica do compositor francês Adolphe Adam (1803-1856), muito conhecido pelo balé “Giselle”. Originalmente foi batizada de “Le Toréador ou l'Accord Parfait", com libreto de Thomas Sauvage, e fez um grande sucesso: após a estreia em 18 de maio de 1849, na Ópera Comique de Paris, permaneceu em cartaz por duas décadas. Nesta montagem inédita, a história se desenrola no Rio Grande do Sul de hoje. 

 A cantora lírica Coraline (Carla Domingues), abandonou a carreira de sucesso na França para casar com o fazendeiro Belflor (Daniel Germano), mas deixou para trás um amor mal resolvido com o flautista Tracolin (Giovanni Tristacci). Quando o antigo amante decide visitar a cantora, o enredo toma rumos inesperados. “O desfecho inusitado traz luz ao tema borbulhante dos novos formatos de famílias e arranjos sociais, discussão tão inclusiva e importante de seguirmos fazendo em 2021. Se em 1849 a ópera foi um sucesso absoluto com este final, por que no século XXI o “acordo perfeito” causaria desconforto? Avançamos ou regredimos enquanto sociedade? Essa é outra função de qualquer forma de arte, nos chamar à reflexão”, pontua o diretor cênico, que também é cantor com presença constante no palco da Ospa.

Leite reforça que a ópera é pouco executada no mundo, pois o papel da protagonista é de grande dificuldade técnica e interpretativa. “Essa ópera só se programa quando se tem uma excelente soprano de coloratura, e o maestro Evandro Matté convidou a gaúcha Carla Domingues, que possui toda a habilidade técnica para interpretar essa personagem”, detalha. Segundo o maestro e diretor artístico Evandro Matté, a pandemia, que impõe elencos e estruturas reduzidos, também influenciou na escolha do espetáculo: “Buscamos um título que envolvesse poucos solistas, nenhum coro e estrutura de orquestra menor para que pudéssemos respeitar o distanciamento social. Ao mesmo tempo, estamos muito felizes por conseguir realizar, neste momento, uma ópera que será histórica por ser a primeira na Sala Sinfônica”. 

 






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