"Aranha" e "Chorona" chegam à telona

"Aranha" e "Chorona" chegam à telona

Estreiam chileno que tentou o Oscar de 2020 e o guatemalteco que competiu pela estatueta em 2021

Marcos Santuario

Em "Aranha", Wood foca sua câmera em um momento marcante da história do Chile, o começo da década de 1970

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Duas produções latinas ganham destaque a partir desta quinta-feira nos cinemas. O longa chileno “Aranha”, coproduzido com Brasil e Argentina, é uma destas novidades. Com elenco formado por Mercedes Moran (“O Pântano”), María Valverde, Marcelo Alonzo (“O Clube”), Pedro Fontaine (“Tenho medo toureiro”) e Caio Blat, já foi exibido em diversos festivais, em que colheu críticas positivas por onde passou. A direção é do chileno Andrés Wood (“Machuca”, “Violeta foi para o céu”), conhecido pelo seu cinema altamente político. Em “Aranha”, Wood foca sua câmera em um momento marcante da história do Chile, o começo da década de 1970, quando houve o golpe que tirou a esquerda do poder. A trama se centra em um grupo real de extrema-direita que existiu no país, entre 1970 e 1973, chamado Patria y Liberdad, responsável por diversos atos terroristas, e que se tornou um dos principais apoiadores do Golpe de Estado de Augusto Pinochet.

Ao centro de “Aranha” estão três personagens em dois momentos de suas vidas: Inés e Gerardo, que, na juventude, faziam parte do Patria y Liberdad. No meio do conflito com a esquerda, nos anos do governo de Salvador Allende, o trio acaba se envolvendo amorosamente, enquanto participa da luta armada contra o presidente marxista. O trio se separa a partir de um crime político cometido pelo grupo. Quatro décadas mais tarde, eles acabam se reencontrando. Inés e Justo, agora casados, vivem uma vida burguesa, mas Gerardo ainda quer vingança e a volta do ultranacionalismo novamente à tona. Mas quando ele é preso, em sua casa, com um grande arsenal de armas e munição, Inés, agora uma poderosa empresária, fará de tudo para que o passado não destrua sua vida.

A outra novidade latina que estreia nos cinemas nesta quinta é “A Chorona”, longa indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira em 2021 e ganhador de 22 prêmios internacionais, além de ter sido o representante da Guatemala na corrida ao Oscar em 2021. A produção reúne fatos históricos com a lenda latinoamericana da mulher que afogou os filhos em um ato desesperado e, arrependida, passou a chorar insistentemente todas as noites. Na trama, Alma e seus filhos são assassinados em um conflito armado na Guatemala. Tempos depois há um processo criminal contra Enrique, o general aposentado responsável pelo genocídio. Absolvido, mas preso em casa, por conta dos protestos contra ele, vive na mansão com sua esposa, filhaeempregados insatisfeitos, Enrique fica paranoico e começa a ouvir lamentos misteriosos durante a noite. O que ele não sabe é que sua nova governanta, Alma, está lá para cumprir a vingança que o julgamento não foi capaz de fazer. A direção e o roteiro é de Jayro Bustamante e no elenco surgem as importantes atuações de María Mercedes Coroy, Sabrina De La Hoz e Margarita Kenéfic. Entre as participações mundiais, “A Chorona” esteve em eventos como o Festival Internacional de Cinema de Bergen; Festival de Havana; Festival Internacional de Cinema de Calcutá; Festival Ide Miami; Festival de Cinema de San Sebastián; e no Festival de Veneza.






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