Os desafios para desenvolver Cidades Sustentáveis

Os desafios para desenvolver Cidades Sustentáveis

Por Abdon Barretto Filho*

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De acordo com as Nações Unidas (ONU), 60% da população mundial poderá viver em zonas urbanas em 2030.Em paralelo à rápida urbanização, a retomada do fenômeno turístico pós pandemia deverá ser confirmada. Espera-se aumento do consumo do tempo livre em viagens, devido as promoções de vendas dos serviços de transportes, hospedagens, passeios, eventos, facilidades das novas tecnologias aplicadas, redes sociais, jornalismo especializado, publicidade, propaganda, relações públicas, entre outras ações comunicacionais. Além disso, destaca-se a entrada no mercado de uma série de novos destinos turísticos.

Convém salientar que a riqueza gerada pelo turismo nacional e internacional contribui de maneira significativa para o desenvolvimento socioeconômico de numerosas cidades e regiões. Naturalmente, se bem planejado e com gestão profissional, os fluxos de visitantes impulsionam a conservação, a valorização e revitalização da cultura e dos seus atrativos, equipamentos e serviços, com benefícios para a comunidade e autoestima dos seus moradores. A cidade será boa para o visitante, se é boa para o residente. O crescimento do turismo urbano também tem desafios importantes no que se refere ao uso dos recursos naturais, das adaptações às mudanças climáticas, às soluções para mobilidade urbana, da segurança pública, condições de empregabilidade, entre outras, principalmente a harmonia entre seus habitantes.

É óbvio que os tradicionais destinos turísticos que estão se adaptando às novas necessidades do mercado turístico, poderão continuar liderando seus segmentos. Entretanto, alguns deverão sair do mercado por não conseguirem enfrentar seus problemas operacionais e mercadológicos. Na realidade, com intensos debates sobre a pandemia, política, economia e sobre a gestão pública e´ indispensável que todos agentes – residentes, visitantes, autoridades locais, regionais e nacionais e o setor privado trabalhem juntos para dar a resposta mais adequada aos enfrentamentos dos desafios atuais e para o futuro próximo.

O mundo mudou, a sociedade mudou, o mercado mudou. É na cidade em que se reside que se confirmam as mudanças e os impactos das variáveis incontroláveis nas vidas dos seus residentes e suas relações com visitantes garantindo boa hospitalidade ou não. Para facilitar o enfrentamento pós pandemia, a expectativa é que as cidades apliquem o conceito de destino turístico inteligente, integrando plenamente suas políticas e estratégias dos seguintes pilares: a governança, a inovação, a tecnologia, a acessibilidade e a sustentabilidade em suas três dimensões (social, econômica e ambiental).

Para os pagadores de impostos e úteis à comunidade, a indignação aumenta com os loteamentos dos cargos públicos com neófitos com boas intenções, porém sem os conhecimentos técnicos suficientes para entenderem os desafios. Além disso, alguns eleitos ignoram as conquistas das gestões anteriores e repetem erros. No caso da gestão do Turismo, as cidades que desenvolvem políticas compartilhadas e com melhoria contínua conseguem melhores resultados. Evita-se perdas de tempos e recursos nos eternos feitos e refeitos planos e programas abandonados em cada gestão. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.

* Economista, Mestre em Comunicação Social


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895