Sem promoção inteligente, o turista não vem

Sem promoção inteligente, o turista não vem

Por Abdon Barretto Filho*

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 Um dos maiores desafios do   fenômeno turístico é atrair visitantes. Em primeira instância, todo foco institucional e empresarial é a estruturação da oferta turística, composta de aspectos geográficos, históricos, culturais, equipamentos e serviços que facilitem as visitas e as hospedagens com um mínimo de um dia (24 horas). Convém salientar que, segundo a OMT- Organização Mundial de Turismo, o visitante com menos de 24 horas é considerado como “excursionista”, não utilizando meios de hospedagem.

O visitante – seja turista de lazer, participante de eventos ou investidor, antes da viagem pesquisa na rede mundial dos computadores ou consulta um agente de viagem sobre o local que pretende visitar. Naturalmente quer saber sobre:  transporte, meio de hospedagem, restaurante, eventos, serviços de informações disponíveis sobre os atrativos, entre outros. Além disso, acompanha as notícias sobre o destino turístico e/ou o roteiro turístico ou sobre os parceiros que pretende visitar.

Com os avanços tecnológicos e as redes sociais, os visitantes podem decidir suas viagens analisando as experiências de outras pessoas, assim como pode contribuir com seus relatos sobre suas visitas e serviços utilizados, sejam positivos e/ou negativos. Naturalmente, ao fazer revelações das suas experiências das visitas, podem influenciar   novos visitantes, ampliando ou diminuindo os fluxos de interessados nos bens e/ou serviços disponibilizados.

O mercado mudou e o mercado turístico está mudando ainda mais rápido. Logo, existe a necessidade de profissionalizar as ações comunicacionais e promocionais nos mercados emissores, utilizando a complexa e abrangente comunicação integrada que incluem os mais diversos tipos de mensagens, em diversos meios de comunicação, capazes de atraírem visitantes para o núcleo receptor. O diagnóstico é fundamental sobre a oferta e a demanda turística, destacando-se diferenciais capazes de gerarem motivações. Não são permitidos “achismos” e “deveriam ser “de amadores ou neófitos curiosos e arrogantes no tratamento da promoção do Turismo.

Por exemplo, muitos acreditam que um site resolve a atratividade e ignoram as mídias tradicionais. Outros apostam nos “influenciadores digitais “entre outras infinitas possibilidades disponíveis nas redes sociais. Entretanto, a promoção do turismo é uma combinação de ações no mercado que envolve muitas pessoas físicas e jurídicas e que devem ter continuação, fugindo do humor político e do baixo investimento específico.

Os eventos promocionais são fundamentais que podem ser híbridos, virtuais e presenciais, assim como assessoria de imprensa, publicidade, propaganda, entre outras, assim como os contatos pessoais nas vendas e pós vendas, lembrando que, com o Marketing, a venda jamais termina utilizando-se o relacionamento e a recompra. São necessários diagnósticos e prognósticos4. Existem algumas pessoas que acreditam que podem atrair visitantes sem promoção, divulgação da sua oferta turística. É um grande e irresponsável   engano que prejudica a gestão pública e privada. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.

*Economista e Mestre em Comunicação Social


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895