É no 27 de maio que a Terra reconhecerá nosso valor e constância

É no 27 de maio que a Terra reconhecerá nosso valor e constância

Por Luiz Fernando Rodriguez Junior*

Correio do Povo

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Em plena aurora precursora, teremos mais um capítulo de sucesso da agropecuária gaúcha finalmente ingressando para os compêndios da história. E mais, esta conquista sequer precisa ser declarada em prosa ou verso. Pois é em Paris, sede da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que será chancelada nossa qualificação na defesa agropecuária gaúcha. Seremos uma parte importante do Brasil – e ainda mais rara das Américas – a ser homologada como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Esta conquista reverbera no cenário internacional e faz com que o Rio Grande do Sul seja atestado pela OIE como corpo de excelência na fiscalização sanitária, o que viabilizará o acesso e o fortalecimento de relações comerciais que cada vez mais têm nas barreiras sanitárias ponto nevrálgico de acesso a mercados de alto poder aquisitivo.

A nós, gaúchos, abrem-se portas para novos investimentos, trazendo a esperança de novos empregos e incremento de otimismo e de circulação de recursos no setor que vem sendo o carro-chefe da economia: a agropecuária. O agro pode ser pop, pode ser top, mas acima de tudo é nosso porto seguro.

O reconhecimento internacional é motivo de júbilo para nossos produtores rurais, que têm parcela decisiva no somatório que se traduziu na confiança do setor privado e da eficácia da atuação da defesa sanitária ao encargo da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul. Foi neste diálogo entre setor público e privado, sob a gestão da secretária Silvana Covatti e com a recente atuação do hoje deputado federal Covatti Filho, que se chegou ao ápice de um trabalho de mais de duas décadas das diversas administrações do Estado. É necessário render homenagens ao trabalho importantíssimo das várias carreiras da Secretaria da Agricultura, com ênfase ao Departamento de Defesa Agropecuária e aos seus fiscais estaduais.

É momento de alegria e euforia porque, com todas as dificuldades operacionais derivadas do distanciamento social, a Secretaria da Agricultura seguiu com seu corpo técnico e administrativo em trabalho presencial, envidando todos os esforços e contando com a colaboração das instituições e associações que representam o produtor rural. A todos, nosso muito obrigado e, em especial, ao governador Eduardo Leite, que foi determinado na garantia de recursos para contratação de pessoal e compra de veículos para a fiscalização sanitária do Estado.

A certificação de zona livre de aftosa sem vacinação é uma imensa façanha da agropecuária gaúcha e demonstra que o consenso histórico entre as lideranças do setor público e da iniciativa privada viabilizaram as condições técnicas, institucionais e políticas para que o Estado seja reconhecido neste novo patamar sanitário, alçando à realidade o que vinha sendo esperado havia décadas em nosso amado Rio Grande do Sul.

*Secretário de Estado Adjunto da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895