Uma noite em Israel

Uma noite em Israel

Por Alon Lavi*

Correio do Povo

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Recentemente, durante ligação telefônica com meus pais para verificar como eles estão, comecei a ouvir sons de sirene ao fundo. Embora pareça que nós, como israelenses, estamos acostumados com esta complicada realidade de terror, o coração sempre salta ao som da sirene ecoando pelo ar. Imediatamente, ouço meus pais correrem para o abrigo antiaéreo – área essencial de todas as casas em Israel. Não muito depois, ainda na ligação, podia ouvir o barulho de explosões. Não ficou claro a fonte, mas meus pais conseguiam identificar se era um foguete lançado pelo Hamas ou se era o Domo de Ferro em ação, protegendo a área.

Assim como meus pais, milhões de israelenses passaram os últimos dias sob fogo, porque Israel está, neste exato momento, passando por uma onda de terrorismo em larga escala, direcionada às principais áreas metropolitanas. Essa realidade inimaginável se deve à violência incitada pelo Hamas, organização terrorista assassina que controla Gaza e que pretende ser uma liderança da questão Palestina, mas que só causa terror e conflito. O Hamas e outras organizações terroristas estão cometendo um duplo crime de guerra: atirar indiscriminadamente contra centros de população civil, exatamente de dentro de uma população civil.

O Hamas lançou mais de 3.200 foguetes contra centros urbanos e rurais de Israel, visando atentar contra a vida de pessoas inocentes, entre eles judeus, cristãos e muçulmanos. Conseguimos interceptar muitos, mas o terror segue em curso. Paradoxalmente, a ação deste grupo terrorista que prega a palavra de Deus, apontaram alguns desses foguetes para Jerusalém, cidade sagrada para tantas pessoas ao redor do mundo.

Nenhum país toleraria tal terrorismo e agressão contra sua soberania e seus cidadãos. Israel tem o direito e a obrigação de defender sua população. Israel está agindo contra organizações terroristas e neutralizando terroristas e infraestruturas terroristas. Esta é uma operação precisa e medida. Todos nós desejamos paz e oramos pelo fim da violência, mas lidar com uma organização terrorista assassina como o Hamas é uma tarefa complicada. Somente juntos, Israel com a comunidade internacional, podemos deter terroristas como o Hamas. Todos nós precisamos dizer não ao terrorismo.

*Cônsul-geral de Israel


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895