O poder da comunidade no turismo receptivo

O poder da comunidade no turismo receptivo

Por Abdon Barretto Filho*

Correio do Povo

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 Existem muitos estudos sobre o fenômeno turístico e o desenvolvimento econômico em vários lugares do mundo. Observa-se que a estruturação da oferta turística exige o comprometimento da comunidade local. Para alguns núcleos receptores, os problemas estão nos impactos ao meio ambiente; nas trocas sociais entre visitantes e residentes; nos choques culturais dos usos e costumes e nos retornos dos investimentos que são realizados. Para outros núcleos receptivos, os visitantes qualificados podem contribuir nas soluções para o desemprego, aumentos das arrecadações de impostos e a melhoria da autoestima local.

Ainda existem cidades que podem atrair visitantes e nada fazem, esperando que alguém descubra seus atrativos. São os exterminadores do futuro devido à ignorância pluralista, egoísmo e miopia mercadológica que não conseguem desenvolver parcerias fundamentais e indispensáveis para atraírem visitantes. É obvio que é necessário a profissionalização para transformar atrativos turísticos em produtos turísticos e continuar os trabalhos na qualificação, promoção e apoio à comercialização: Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar as ações para o desenvolvimento do setor.

Em alguns exemplos do setor público, é impressionante como ignoram as conquistas e legados dos governos anteriores. Infelizmente, com as mudanças frequentes nas Políticas sobre o Turismo, com decisões nacionais, estaduais e municipais conflitantes, em alguns casos, com presenças de neófitos inexperientes. O resultado é uma série de indecisões e ausências de empreendedores e empresários que não cumprem conseguem cumprir seus importantes papéis na Economia do Turismo: investir, atrair visitantes, gerar empregos, pagar impostos e contribuir na busca da melhoria da qualidade de vida para todos. Será?

Logo, salvo melhor juízo, a comunidade local que compreende e valoriza o Turismo, não espera todas as iniciativas dos governos. Criam, realizam e operam projetos privados demonstrando suas opções para o desenvolvimento local. A partir das lideranças locais, com recursos locais e iniciam novos projetos. No caso do Rio Grande do Sul, a Associação   Amigos do Cristo de Encantado é um grande exemplo. O monumento que tem o investimento estimado em 2 milhões, está sendo bancado exclusivamente por doações de pessoas físicas e jurídicas, com envolvimentos de arquitetos e engenheiros voluntários. É o resultado da fé, união e vontade da comunidade local. Os desafios vão continuar na Gestão do importante atrativo turístico e na sua infraestrutura. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso

*Economista e Mestre em Comunicação Social


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895