Função de Agente de Monitoramento Financeiro ganha referência no mercado

Função de Agente de Monitoramento Financeiro ganha referência no mercado

A CCC Monitoramento, pioneira no trabalho de Watchdog, acumula experiência em acompanhar estratégias de reestruturação financeira, seja fora ou dentro do âmbito judicial

Correio do Povo

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A figura do watchdog – ou agente de monitoramento financeiro – ainda é pouco conhecida no país, mas vem ganhando notoriedade em virtude de processos de recuperação judicial que tiveram destaque na mídia. Porém, o trabalho do watchdog, vai além de monitorar empresas em Recuperação Judicial. A presença de profissionais que acompanham de perto o caixa de empresas em processos de reestruturação financeira – seja judicial ou não – vem aumentando gradativamente e, em virtude disso, a quantidade de reestruturações que demandam a presença watchdogs também.

Desde o início de suas atividades como watchdog, há 12 anos, a CCC Monitoramento zelou pela transparência no cumprimento dos planos de recuperação de mais de 30 empresas, cujo total do passivo reestruturado ultrapassa o montante de R$ 100 bilhões. Atualmente, a CCC executa mais de 15 monitoramentos simultaneamente, número que tem apresentado crescimento nos últimos 5 anos (já descontados monitoramentos encerrados neste período pelo término de reestruturações concluídas com êxito e que não necessitam mais da figura do watchdog).

Para Cypriano Camargo, CEO e sócio fundador da empresa, a tendência é que haja um crescimento ainda maior nos próximos anos. “Há muitas empresas em busca de reestruturação financeira, judicial ou não, e o trabalho do watchdog vem se mostrando estratégico para o acompanhamento do cumprimento do plano de recuperação. É cada dia mais comum um watchdog ser demandado para monitorar um processo, seja pela Justiça, seja pelos credores”.

Na conta da CCC estão alguns dos processos de recuperação de maior visibilidade do País, como o da Novanor (antiga Odebrecht) e seu passivo superior a R$ 60 bilhões, bem como o seu antigo braço sucroalcoleiro, a Atvos Agroindustrial, e seu endividamento na casa dos R$ 15 bilhões– ambos em andamento desde 2020.

Além de ter sido a pioneira em reestruturações não judiciais, também está na conta da CCC o primeiro case de recuperação judicial brasileiro que exigiu a presença de um Agente de Monitoramento Financeiro – a PDG Realty. À época, a empresa passou por um processo de recuperação judicial que, em números, pode ser sintetizado por um passivo total aproximado de R$ 5,3 bilhões perante mais de 22 mil credores. Desde a aprovação do Plano de Recuperação Judicial, o watchdog acompanha as transações financeiras de mais de 800 empresas (com aproximadamente 500 delas sujeitas à Recuperação Judicial), com uma média de três contas correntes cada uma (aproximadamente 2.400 contas correntes) e de cerca de 30.000 transações por mês, quando do início de implementação do Plano.

Os monitoramentos desempenhados pela CCC priorizam antes de tudo a automação dos processos e troca de informações com os monitorados. Isso é feito por meio de uma plataforma própria, desenvolvida internamente para manipular grandes volumes de dados, analisar as informações necessárias e que terminam por gerar relatórios regulares, permitindo que credores e outros stakeholders tenham uma visão objetiva e contínua dos pontos que demandam maior atenção. Para isso, entram no acompanhamento todas as movimentações de caixa, as despesas, os recebíveis, os investimentos, e outros pontos específicos para cada monitoramento.


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