Empresas investem em formas de reter e atrair talentos

Empresas investem em formas de reter e atrair talentos

Atentos ao bem-estar e a produtividade dos funcionários, empresas buscam alinhamento e sinergia entre os valores da organização e do colaborador

Correio do Povo

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A experiência do colaborador nunca esteve tão em alta no mercado de trabalho. Cada vez mais, empresas procuram impactar o resultado da organização através de profissionais satisfeitos e motivados. E para alcançar esse objetivo, a área de gestão de pessoas passa a atuar como um promotor de bem-estar, desenvolvendo ações para a construção de uma experiência de trabalho significativa aos colaboradores.

Pouco a pouco os colaboradores procuram aliar suas experiências de trabalho ao crescimento profissional e conexão com valores pessoais. Segundo o estudo Marca Empregadora da Randstad, consultoria global de RH, a progressão na carreira foi o fator mais importante para 77% dos trabalhadores brasileiros na hora de escolher um emprego. Se considerado o recorte por gênero neste fator relacionado ao desenvolvimento de carreira, a preferência sobe para 80% das mulheres entrevistadas. Salários, benefícios e um ambiente de trabalho agradável aparecem empatados com 74% na segunda posição do ranking geral. A pesquisa, realizada em 2021, traz um recorte do Brasil com 3770 ouvintes, dentro de uma amostra de 190 mil trabalhadores entrevistados em todo o mundo.

Para estimular o engajamento e o senso de pertencimento, a VR adotou o modelo partnership com o Programa DNA VR. Trata-se de um programa de incentivo a longo prazo, onde colaboradores são convidados a se tornarem parceiros do local onde trabalham. Se estabelecendo donos, na prática, de um percentual que corresponde a uma parte da companhia. Por não ser uma empresa de capital aberto, com ações no mercado, o colaborador faz parte no modelo de ‘phantom stocks’, que consiste em uma remuneração variável baseada na valorização da empresa.

“Na medida em que colaboradores se tornam partners, o trabalho em equipe ganha mais força, nossos valores também se fortalecem e o nosso propósito é impulsionado. A estratégia também alavanca o desenvolvimento das pessoas e solidifica nossa cultura de reconhecimento e valorização”, diz João Altman, diretor executivo de Pessoas e Cultura da VR.

Gradativamente empresas que apostam em uma gestão mais humanizada e uma liderança próxima tem ganhado espaço e destaque no mercado. De olho nesse cenário, a Henkel, que atua nas áreas de Adesivos, Selantes e Tratamento de Superfícies e Beauty Care, desenvolveu o projeto HR TransformAction. A empresa realizou um mapeamento para detectar as dores vivenciadas pelas pessoas em cada etapa da jornada junto à marca, identificando todos os pontos de contato que apresentavam uma oportunidade de transformação. Este mapeamento resultou na formação de 10 times temáticos, com foco em cada uma das etapas. Uma das iniciativas já implementadas a partir do projeto é o “Bate-papo com o RH”, que permite a aproximação e conexão do time de RH com as pessoas, provocando oportunidades de escuta ativa para identificar necessidades de melhoria e orientações.

A cultura organizacional tem papel importante na determinação de um ambiente equilibrado, tanto para empresa quanto para funcionários. Cabe à organização disseminar seus diferenciais e definir a força da marca empregadora. Por essa razão, a ArcelorMittal, líder de aço do Brasil e do mundo, tem apostado na ampliação de seu papel como agente de transformação na indústria do aço e na sociedade. Nos últimos meses, a empresa anunciou metas que guiarão seus esforços para se tornar uma empresa mais sustentável e atenta aos anseios do presente e do futuro da sociedade. Uma missão da companhia é se tornar mais diversa e inclusiva e acelerar a chegada de mulheres nos quadros da empresa. Até 2030, a meta é ter 30% de força feminina distribuída nas atividades - do chão da aciaria até diretorias. Atualmente, dos cerca de 16 mil empregados da ArcelorMittal Brasil, 17% são mulheres. Na área operacional, 7% são mulheres, e em cargos de liderança, 20%. Seis mulheres ocupam cargos de diretoria na empresa, sendo uma delas a primeira Diretora de Operações de uma siderúrgica no Brasil.

De acordo com Sílvia Gomes, Gerente de Atração da ArcelorMittal, os programas de atração (Aprendiz e Experts, por exemplo) trazem o novo olhar e objetivos estratégicos do negócio da produtora de aço. “Em nossos processos de atração levamos em consideração não apenas as habilidades técnicas, mas também avaliamos o alinhamento cultural, as habilidades emocionais e, claro, a diversidade e inclusão. A nossa proposta é: ‘Conheçam o jeito ArcelorMittal, venha do seu jeito’”, explica.


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