Batalha de gerações, novatos e campeões deve marcar 500 Milhas de Indianápolis

Batalha de gerações, novatos e campeões deve marcar 500 Milhas de Indianápolis

Troféu mais cobiçado do esporte a motor deve ter ao menos 19 sérios candidatos à vitória em 2022

Bernardo Bercht

Colton Herta está entre os postulantes a vencedores inéditos

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Todos os pilotos do mundo querem colocar seu rosto esculpido no Troféu Borg-Warner, a gigantesca taça destinada ao vencedor da Indy 500. Em 2022, pelo menos 19 dos 32 já confirmados para disputar a corrida tem reais chances de vencer. Entre veteranos, jovens, arrojados e táticos, o grid promete uma batalha frenética a cada treino, a cada virada de parafuso nas garagens, a cada troca de pneu e, claro, a cada volta da corrida.

Os veteranos querem mais títulos e seguem firmes na luta pelas vitórias. O inesgotável Scott Dixon já liderou treinos preparatórios e os bicampeões Juan Pablo Montoya e Takuma Sato também estão de olho no troféu. Tem até campeão da Indy que ainda não venceu Indianápolis, como Josef Newgarden. Mas é fato que há uma fortíssima renovação de grid, capitaneada pelo surpreendente campeão Palou e seu rival de 2021, Pato O'Ward.

Se unem a eles como novas estrelas e potenciais vencedores o ex-piloto de F1 Romain Grosjean, a estrela das pistas australianas Scott McLaughlin, o novo holandês voador Rinus Veekay, o norte-americano rockstar Colton Herta e, claro, o campeão da Nascar Jimmie Johnson (ok, o Jimmie é quase cinquentão, mas é estreante em Indianápolis!). A nova fornada inclui ainda o campeão da Indy Lights Kyle Kirkwood e os importados da Europa, Christian Lundgaard e Callum Ilott; assim como Tatiana Calderon, que não corre a Indy 500, mas fará toda a temporada de pistas mistas e de rua.

A Juncos Hollinger Racing é a mais nova equipe permanente do grid. Para seu chefe, o argentino Ricardo Juncos, toda essa mistura de jovens de várias origens do esporte e veteranos evidencia a qualidade da categoria, que começa a atrair gente que até então só queria saber de F1. "Temos que mostrar que esportivamente a Indy é a melhor categoria do mundo. Ano passado tivemos oito vencedores diferentes nas oito primeiras corridas", exemplifica.

"Claramente a Europa não está funcionando para formar pilotos. É uma competição de quem paga mais para chegar na F1. Se não tem os milhões e milhões, não adianta", opina. Ao confirmar a participação nas próximas duas temporadas, ele escolheu exatamente um dos "guris" europeus para ocupar o cockpit do seu carro. O britânico Callum Ilott, de 24 anos, veio do programa de desenvolvimento de pilotos da Ferrari para encarar as 500 Milhas.

No dia 29 de maio essa mescla de gerações vai embarcar em 33 carros para encarar o maior desafio para máquinas e seres humanos pertinho dos 400 km/h. Cada um poderá fazer história e um quer ser o maior de todos. Depois de 200 voltas, apenas um deles vai conseguir.


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