A maioria dos brasileiros não têm feriado. Os trabalhadores do campo nem sabem o que é isso. Os operários das indústrias, os que estão na linha de frente, não param nunca suas produções. Os policiais do front não têm folga, ao contrário, quando a sociedade tem seus feriadões e comemorações, aí é que o policiamento é reforçado e se cortam as folgas desses profissionais. Os hospitais não param, nem grande parte dos postos de saúde. O comércio, dos shoppings aos mercados de praias e lojas, não para. Os motoristas seguem transportando gente e cargas país afora. Portanto, não é a maioria dos brasileiros que descansa num feriado.
Que o time do Fortaleza, sua trajetória e seu exemplo de perseverança nos inspirem todo dia. Se quisermos chegar em lugares melhores, se quisermos alcançar nossos sonhos, o negócio é não desistir. Mesmo que nada pareça dar certo hoje.
Quando vemos a enormidade de jovens que ingressam no mundo das drogas, do crime e da violência, percebemos o elevado número destes que, infelizmente, erraram a estrada apenas por procurar, sem saber por onde, um lugar ao sol, uma chance de serem vistos, respeitados, considerados. As fábricas de música, cultura e de esportes tiram a meninada dessa funesta fábrica de bandidos. Tomara que os gestores públicos um dia saibam reconhecer isto e, acima de tudo, fomentar mais os únicos caminhos que temos para chamar a garotada para o bem.
Se asfaltarem minha rua, aumentará o trânsito. Aumentará a velocidade desse trânsito. Que se já hoje, com toda irregularidade das pedras, alguns motoristas esquecem que ali é zona residencial e escolar, que há crianças com suas mochilas saindo da escola, crianças nas casas que saem correndo atrás da bola ou do seu cachorrinho – porque são crianças e brincam, ora bolas! -, imagine numa rua asfaltada. Que, em certos lugares, infelizmente a possibilidade do solavacanco previne tanto quanto os radares da polícia rodoviária. Triste, mas é da nossa (falta de) educação.
De 1972 a 2022, 50 anos debantendo clima. E o que mudou, de verdade? O clima segue em franco desequilíbrio, as indústrias gigantes do planeta pouco ou nada fazem para mudar sua ótica imediatista de lucros acelerados. E os gestores das nações, talvez patrocinados por estas indústrias, não parecem muito dispostos a mudar algo de verdade. Cinquenta anos não é tempo demais para não sair do mesmo lugar? Aliás, pior ainda, para conseguir retroceder quando se precisa avançar?
No campo e na cidade, todos estão conectados. É uma esmagadora minoria que ainda resiste ao assédio das conexões digitais. Então, como tanta gente ainda cai em golpes dos mais falados e comentados todos os dias? É golpe dos nudes, golpe do empréstimo consignado, golpe dos bitcoins milagrosos, do bilhete premiado, do falso sequestro. E outros, mais ou menos criativos, mas se repetem e insistem na mesma tecla: a ingenuidade, em alguns casos aliada a uma certa ganância ou deslumbre, da vítima.
O ser humano tem consigo a dita racionalidade. E um dos seus aspectos é uma busca quase que incessante pelo prazer, pelo conforto, pelo sossego de corpo e alma. Dias de paz trazem tudo isso. Mas por que tantos correndo atrás justamente do contrário?
Palmeiras, 11 vezes campeão. Parece que faz tão pouco tempo que o Internacional vencia o Vasco da Gama e se tornava o time mais vezes campeão brasileiro. Um gigantismo que parecia inabalável. Eu era um menino apaixonado pelo futebol - mas parei de acompanhar o nosso principal torneio em 1986, quando a CBF, sem qualquer explicação lógica, retirou o Grêmio Esportivo Brasil do brasileirão. No ano anterior, o Xavante havia sido terceiro colocado. Fosse hoje, era vaga na Libertadores. O que aconteceu? E o escândalo de 2005? O que fazem com os gaúchos?
Minha mãe começava a fazer carinho na foto do meu avô e a conversar com ele. E era a partir daí que eu não gostava mais daquele dia. Porque minha mãe chorava muito, chorava com força, eu não conseguia não chorar também.