No exato instante em que você lê esta coluna. Alguém, em algum lugar, beija o seu amor intensamente. Uma criança sorri ao brincar com suas fantasias. E, também neste mesmo momento, alguém agride o seu próximo. Com socos ou armas, gestos ou palavras, gritadas na saliva ensandecida ou digitadas no mundo virtual. Em algum momento, poderemos escolher. E se pudermos escolher, é o que nos torna humanos.
Deu. Acabou. Podemos seguir com nossas paixões, de lá e cá, mas sem necessidade de brigar para convencer o outro. Chega de estresse. Começa um novo mês. Os boletos estão todos ali, nos esperando. E estariam com qualquer resultado. Boleto não vota, boleto não perdoa. Boleto vem para a esquerda e para a direita. E dá no meio.
A banalidade da violência, a corrupção, as formas de intolerância, os medos todos que nos rodeiam. Qual a nossa parte, mesmo?
Eu preciso café para escrever. Ou não sai nada. Vez ou outra, mas não com frequência e sim conforme a noite, troco por um vinho. Falando nisso, sabiam que o café surgiu sendo chamado de vinho? Seu nome original, qahwah, deriva de um palavra iemenita que remetia o seu sginificado para o vinho. Aliás, diz a lenda que o café foi descoberto por cabras, no século 9. Foi quando um pastor de cabras etíope, chamado Kaldi, percebeu que o seu rebanho comia frutos de uma árvore estranha e ficavam cheios de energia.
Estão terminando com os pardais. E eles eram tantos! Fui pesquisar, para ver se é algo específico da minha região, mas não é, infelizmente. Até na Europa essas aves estão correndo risco de desaparecer por completo. Seu canto está virando um silêncio triste e sentido. E há quem, feito Mao, ache isso bom.
Sempre haverá aquela música que tocou naquela hora, ou apenas diz de um jeito todo especial, para nós, exatamente o que sentimos, que ficará para sempre com a mesma força do que foi vivido.
Há quem diga que os dias nublados são tristes. Eu discordo. São apenas dias que nascem pedindo um pouco de discrição. De calma.