Usina de clichês

Usina de clichês

Mal termina Sport e Grêmio e, diante do quinto empate sem gol, desabrocha a sentença: falta de ousadia!

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Sou uma usina de clichês.
Da minha cabeça brotam frases feitas feito erva daninha.
Mal termina Sport e Grêmio e, diante do quinto empate sem gol, desabrocha a sentença:
falta de ousadia!
Está feito o diagnóstico.
Falta de ousadia!
Eis aqui o ovo de Colombo.
Revirando o site Sofascore me deparo com um dado: o time de Roger finalizara 17 vezes diante do Sport.
Dezessete!
Na minha cachola martela a imagem de Elias perdendo um gol cara a cara com o goleiro. Romário faria de olhos vendados e de cavadinha.
Não falta ousadia.
Mesmo com três zagueiros, dois laterais e dois volantes, que somados ao goleiro apontam para um fabuloso e desnecessário retrancão, o Grêmio tem algum arrojo.
Falei em fabuloso e desnecessários retrancão porque os rivais não são um Palmeiras, um Galo, um Inter ou um São Paulo. A Segundona é morada de CSA, CRB, Vila Nova e outros que tais.
Sem Diego Souza, que Romildo repatriou, o ataque é um latifúndio improdutivo. Como uma andorinha só não faz verão, algumas vezes nem presença do veterano atacante resolve neste deserto estéril. E armador?
Neste Grêmio, é uma miragem.


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