Entrevista de Renato indica que postura do Grêmio em relação à saída de Suárez pode estar mudando
Técnico mostrou impaciência em relação à resolução do caso e disse que "problema" está com o presidente
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Carlos Corrêa / Interino
A mudança nos sinais já vinha acontecendo, mas nunca foi tão evidente como a vista na entrevista coletiva concedida por Renato Portaluppi nesta quinta-feira. Se alguém ainda acreditava que as informações sobre o desejo de Luis Suárez deixar o Grêmio e jogar ao lado de Messi no Inter Miami não passavam de notícias plantadas, bom, agora quem confirma que não é bem assim é o próprio treinador do Tricolor.
Mais do que isso, o tom e os termos utilizados por Renato na coletiva indicam que o incômodo entre o uruguaio e o clube talvez esteja em um nível maior do que se imaginava. Não por acaso, quando questionado sobre a situação do uruguaio, a palavra que Renato escolheu foi "problema": "É um problema que está entregue ao presidente do clube, à diretoria. Isso tudo que tem saído não deixa de ser verdade, mas é um caso que somente a diretoria pode decidir", falou, referindo-se aos rumores de saída.
É uma mudança sutil, mas que pode ser o primeiro indício de que a postura de conciliação do clube vai mudar nos próximos dias. Até agora, houve todo o cuidado por parte do Grêmio para não se criar nenhum atrito entre as partes. Renato não é dirigente, mas fala pelo clube muito mais do que qualquer pessoa que ocupe cargo. E a fala dá várias pistas: "Até o dia 2 estou quieto, a partir do dia 2 vamos ver o que vai acontecer. Essa novela tem que acabar e vai acabar, pode ter certeza". A frase, indicando já alguma impaciência, mostra que talvez num futuro breve o Grêmio não tenha mais tanto pudor em não tratar Suárez como uma entidade e sim como um jogador que está forçando a sua saída sem querer cumprir o que foi assinado.
Como diz Renato, dia 2 saberemos. Ou talvez antes disso.