O ator Marcos Frota visitou a Praça da Alfândega em Porto Alegre
Cantar e sorrir, porque restaurar é um novo começo, um novo cenário para as histórias que estão por vir. Na foto, funcionário envolvido nas obras do Paço Municipal de Porto Alegre. Que venham mais lugares bem cuidados.
Os sonhos certamente ficaram inacessíveis em meio ao emaranhado de fios já desfeitos do tom metálico.
Tantos conteúdos e estímulos acabam reverberando no corpo, no caminhar, na extrema vontade de se escorar em algo que aguente a dimensão da nossa imensidão.
Tenho orgulho de pertencer a um grupo que lutou para garantir o seu espaço, tanto na cultura, nas ciências, na política. Urge seguirmos lutando, pois a sociedade tende a nos reduzir a simples objetos.
Tudo bem investir em singelas lembranças dirigidas às pessoas que amamos, mas que amemos acima de tudo!
Precisamos de fantasia. Não para negarmos o real, mas sim para abraçarmos a potência dos sonhos, viajarmos pelos caminhos supostamente impossíveis, trazê-los todos para perto, para o alcance dos sentidos.
Sei que o manejo arbóreo dá trabalho, mas o concreto sozinho sufoca. Vale a pena sentir o afago das flores em nossos passos.
O instante sozinho não existe, deixamos desenhos pelo caminho.
Provavelmente o menino que aprendeu a importância de cumprimentar o próximo será o homem que oferecerá a mão a quem precisa.
Observei pessoas em seus momentos de carinho com familiares que partiram, olhei para o céu azul, abracei a vida e seus fundamentais lutos inscritos no corpo, na estrada, na paisagem.
Abro a literatura e ela abre os vidros, ventila os cômodos, questiona os incômodos, apresenta-me uma teia de personagens e, dentro delas, outra teia de subjetividades.
Dou todo o meu apoio à prefeitura e demais instâncias envolvidas. Mas pouco adianta uma cidade ajeitada se o comportamento dos moradores não se modifica. Há muito para mudar. Na cabeça das pessoas.
Quase fui atropelada duas vezes nos últimos dias. Em ambas situações eu atravessava sobre a faixa de segurança e o sinal estava fechado para os motoristas.
Senhores de si, senhores do tempo. A emoção de viver o instante como se fosse o último — e também o primeiro. A maturidade de sentir os pés no chão e a fantasia de voar longe.