Oportunidades

Oportunidades

Alina Souza

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Sutil, mas não banal. Em meio às cenas desbotadas, um detalhe pode iluminar o dia. Quantas belezas aterrissam à nossa frente, porém, estamos ocupados. De olho no jardim do vizinho? Presos a julgamentos, preconceitos, moralismos, deixamos de voar mais alto. As oportunidades batem as asas rapidamente, serelepes. Se desprezadas, escapam por uma fração de segundos. Arrogância, competitividade, ego inflado: tudo obscurece o verniz da liberdade. Nós, fotógrafos, lidamos com instantes decisivos e fugazes, por isso a lição de abrir os olhos para o que está ao nosso alcance, no nosso pátio, antes que seja tarde demais. Ao surgirem empecilhos, a frustração de perder a foto não deve ser maior que a paciência para esperar e fazer outra. Observar. Apreender. Em vez de espichar os olhos para o território do outro, abracemos nossas escolhas. Sem tantas justificativas, desculpas, comportamentos esquivos. Não somos vítimas o tempo todo. Respondemos pelos atos. Somos agentes de mudanças. De metamorfoses.


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