Luzinhas piscantes

Luzinhas piscantes

Alina Souza

Casa do Papai Noel, no Museu do Trabalho, Centro Histórico de Porto Alegre.

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Papai Noel, quero ser como essa criança que olha tudo com encanto. Sei que já passei da idade de escrever cartas com pedidos de Natal, mas será que a idade é mesmo importante? Não peço muito, meu bom velhinho, apenas que me ajude a ter a mente cheia de luzinhas piscantes. Sim, uma mente cheia de ideias. Inquieta, alegre. Pensamentos enfeitados. Uma cabeça transbordando fantasia, imaginação. Alguém me perguntou onde se compra um presente assim. E mais uma vez eu tive a certeza que os itens mais necessários a nossa vida não estão ostensivos nas vitrines. Não são comprados: são criados. Dependem da nossa criatividade, das alternativas que somos capazes de criar para encarar as difíceis circunstâncias. E por isso, Papai Noel, peço-lhe que me ajude a ser como essa criança que abraça o mundo com os olhos. Se o senhor não me responder, tudo bem. Vou seguir firme no meu objetivo, consciente que a sua figura é apenas uma invenção. Ainda bem. Se é possível inventar todo esse contexto natalino, eu posso sim reinventar a minha felicidade.


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