A escolha do caminho

A escolha do caminho

Alina Souza

Terminal de ônibus Parobé, Centro Histórico de Porto Alegre.

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Construir um lugar que contemple necessidades e objetivos da população requer uma ação conjunta, perspicaz e comprometida com os diversos lados da sociedade, sobretudo aqueles que ficam à margem das atenções. É preciso tocar nos pontos esquecidos, romper as estruturas cômodas, encarar o território das diferenças. Idosos, jovens, executivos, vendedores, artistas e um imenso etcétera: há muitas faces e vozes transcendentes a classificações. Complexas e valiosas misturas, rasgos, retalhos, costuras, improvisos, prolongamentos. A vivência coletiva caminha ora saudosa do passado, ora apreensiva pelo futuro. Mescla passos lentos e velozes, sapatos sociais e chinelos de dedo, camisas perfeitamente passadas e outras tantas esfarrapadas. A fim de encontrar a direção certa, conjuga mapas avançados, cartilhas com conceitos precisos, imbui-se da sábia intuição dos anos ou apenas permite-se guiar pelo singelo impulso. Tal qual uma manhã cinza que rebenta várias cores e, apesar dos vértices, contrastes e desgastes, redesperta o desejo de escolher novos rumos.


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