“Me Chama Que Eu Vou”

“Me Chama Que Eu Vou”

Premiado em Gramado e dirigido por Joana Mariani, documentário mostra a trajetória de Sidney Magal como astro da música no Brasil

Chico Izidro

O filme é fruto de um longo processo de pesquisa, e conta com várias imagens de arquivos de televisão e do próprio Magal

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O documentário “Me Chama Que Eu Vou”, dirigido por Joana Mariani, é uma deliciosa biografia de Sidney Magal. Em cerca de apenas uma hora e pouquinho, a vida do cantor é destrinchada, desde a sua infância até os dias atuais, ele já com seus 70 anos, morando com a esposa na Bahia. O filme faz um retrato bem-humorado do astro, surgido nos anos 19760, o auge da música brega no Brasil – ele sendo vendido como um cigano, fato que chegou a ser ironizado por Rita Lee na música “Arrombou a Festa II”.

Nascido Sidney Magalhães, ele se transformou em Magal durante turnê pela Europa, quando um empresário disse que seu sobrenome era de difícil pronúncia para os italianos. “Corte pela metade” foi a dica que recebeu aos 20 e poucos anos. E o cantor  mostra sua vida de forma divertida e simpática. O título do documentário vem de uma das músicas que serviu de tema de abertura da novela “Rainha da Sucata”, em 1990.

Magal já esteve em peças de teatro, filmes e programas de televisão, algo que ele mesmo define como “um pouco abusado de minha parte”, e vê o documentário como uma espécie de coroação. “É um filme delicioso porque ele é muito real, ele é quem é o Sidney Magal, quem é o Sidney Magalhães para vocês. Isso é uma alegria, isso faz parte da história do nosso país, da cultura do nosso país. E agora eu quero que todos curtam bastante o Sidney de Magalhães, porque eu tô inteiro nesse documentário para vocês, esperando que vocês gostem muito de mais esse trabalho que coroa o meu trabalho profissional”, disse ele, que de cantor brega, virou cult, amado por todos os brasileiros. Suas músicas são cantadas em festas, desfiles, tendo ganhado uma outra dimensão, como por exemplo “Sandra Rosa Madalena”, “Meu Sangue Ferve Por Você” e a hoje politicamente incorreta “Se Te Pego Com Outra, Te Mato”. Atire uma pedra quem nunca curtiu algumas delas.

O filme traz ainda a participação de sua esposa há mais de 40 anos, Magali West, que conta de como o cantor a conquistou, quando ela tinha apenas 16 anos, e também o filho do casal, Rodrigo West. O documentário é resultado de um longo processo de pesquisa, e conta com várias imagens de arquivos de televisão e do próprio Magal, que, de acordo com o o Jornal Nacional, é “um misto de Elvis Presley com John Travolta”. É um baita documentário, que assisti duas vezes, e depois fui escutar as músicas e ver os clipes.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=XLQdAluiiCc

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