"A Queda" (The Fall)
Trama de suspense mostra duas escaladoras, Becky e Hunter, presas em uma torre abandonada de 600 metros de altura
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Para quem tem medo de altura como eu tenho, assistir "A Queda" (The Fall), dirigido por Scott Mann, é uma verdadeira tortura. Quase sofri um infarto ao ver no cinema e ainda no Imax "A Travessia" (2015), de Robert Zemeckis, onde é contada a história real do equilibrista francês Philippe Petit (Joseph Gordon-Levitt), famoso por atravessar as Torres Gêmeas usando apenas um cabo, em 1974. Pois agora o impacto foi menor, já que assisti ao filme no conforto de minha poltrona, que diminuiu o impacto. Mesmo assim, foi sofrido, e provocou muitos arrepios e muita tensão.
A trama foca em Becky (Grace Caroline Currey), que perdeu o marido, Dan (Mason Gooding), que caiu de uma montanha durante uma escalada. Ela passa um ano de luto e depressão e bebedeiras, até que aceita o convite de sua melhor amiga, Hunter (Virginia Gardner), para fazer nova escalada e tentar superar seus traumas.
Hunter é uma tik-toker com mais de 60 mil seguidores, e propõe que ambas escalem uma torre de rádio abandonada no deserto e gravar cenas do alto com um drone. O problema é que, após subirem os 2 mil pés (mais de 600 metros) de extensão da torre, as duas acabam ficando presas no alto da estrutura, sem sinal de telefone ou suprimentos.
E a tensão é crescente, com o espectador sendo colocado lá no alto, junto com as protagonistas - imaginem estas cenas na telona gigante de um cinema? Na TV o impacto é diminuído, mas mesmo assim assustador, arrepiante. As duas atrizes conseguem transmitir todo o medo e o sofrimento de quem se meteu numa enrascada, mas querem fazer de tudo para escapar.
"A Queda" foi filmado em uma torre de verdade, construída no topo de uma montanha para traduzir a sensação de altura, e foca praticamente nas duas escaladoras, sem tramas paralelas ou interrupções. Filmaço.
