Elvis de Baz Luhrman

Elvis de Baz Luhrman

Filme retrata parte importante da vida e da obra de Elvis Presley, polêmico

MARCOS SANTUARIO

Produção mostra momentos fundamentais da vida e da obra do mito Elvis Presley, vivido pelo ator Austin Butler

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O visionário cineasta Baz Luhrmann é o responsável pela estreia de “Elvis” nos cinemas. O drama, estrelado por Austin Butler e Tom Hanks, coloca em cena parte da vida, dos dramas e das conquistas de um dos maiores ícones da música e da cultura de todos os tempos. O Elvis Presley vivido por Butler tem o foco na relação que criou, desenvolveu e fez grande parte de sua vida, com o empresário enigmático, o coronel Tom Parker. Na pele de Parker está um Tom Hanks obeso e dono de uma complexidade pessoal e cercado de mistérios sobre sua origem e sobre seus hábitos. Mas, a medida em que a narrativa avança, o espectador vai conhecendo as nuances deste homem, originário da fantasia do circo e das mágicas de picadeiros.

Foram mais de 20 anos de uma relação artista-empresário, acompanhando da ascensão de Presley à fama até seu estrelato sem precedentes. Baz Luhrmann, o cineasta, roteirista e produtor australiano que já nos encantou com obras como “Austrália”, “Moulin Rouge”, “O Grande Gatsby”, entre outras, apresenta, em “Elvis”, mais de 20 anos da relação artista-empresário, da ascensão até o estrelato do mito. Aliás, Luhrmann dirige e produz o filme, do qual também é roteirista, em parceria com Sam Bromell, Craig Pearce e Jeremy Doner.

Papel fundamental na trama de “Elvis” também é o pano de fundo histórico, cultural e comportamental que Luhrmann consegue apresentar. Na tela, em meio a uma canção e um movimento na vida do artista, surge a evolução da paisagem cultural e a perda da inocência na América do Norte. Surgem as mortes de Martin Luther King, do presidente Kennedy, entre outros eventos marcantes. Sem esquecer de uma das pessoas mais importantes e influentes na vida de Elvis, Priscilla Presley, vivida pela jovem atriz australiana Olivia DeJonge (“A Visita” e “Stray Dolls”).

Com diretor, atores e parte da equipe australiana, não é de se espantar que as filmagens de “Elvis” tenham sido realizadas em Queensland, Austrália, com apoio governamental. Ao lado de Tom Hanks e Austin Butler, a premiada atriz de teatro Helen Thomson interpreta a mãe de Elvis, Gladys; Richard Roxburgh retrata o pai de Elvis, Vernon. Momento importante da trama é a relação de respeito e amizade entre Elvis e o lendário B.B.King (Kelvin Harrison Jr., de “Os 7 de Chicago” e “A Batida Perfeita”). Para interpretar outros icônicos artistas da música no filme, Luhrmann contou também com a cantora e compositora Yola (Irmã Rosetta Tharpe); o modelo Alton Mason (Little Richard); o texano de Austin, Gary Clark Jr. (Arthur Crudup); e a artista Shonka Dukureh (Willie Mae “Big Mama” Thornton. 
Em quase três horas de filme, a vida de “Elvis”, no olhar da câmera de Luhrmann, ganha um significado ainda mais importante. Humaniza o astro, sem idealizações ou julgamentos. As novas gerações, que não viveram o fenômeno musical, cultural, artístico e comportamental, tem agora uma oportunidade única. Descobrir um artista intenso e visceral.

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