UM BROTO LEGAL

UM BROTO LEGAL

Filme mostra o começo da explosão do Rock no Brasil com Celly Campello

Chico Izidro

A atriz Marianna Alexandre estreia no cinema no papel da cantora Celly Campelo

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Primeira popstar do rock nacional, a cantora Celly Campelo é o tema de "Um Broto Legal", filme dirigido por de Luiz Alberto Pereira (“Tapete Vermelho”, “Hans Staden”). O longa narra a trajetória da garota de Taubaté, no interior paulista, e que foi o primeiro fenômeno roqueiro no Brasil na virada dos anos 1950 para os anos 1960, ao lado do irmão Tony. 
Célia Campelo tinha apenas 16 anos e era uma espécie de celebridade em Taubaté, onde se apresentava na rádio da cidade, e nem sonhava com a fama. Mas seu irmão Sérgio queria ser famoso, tocando o então quase desconhecido Rock'n'Roll, é aspirante a cantor, e acaba se mudando para São Paulo, onde é descoberto por um caça-talentos. E indica a irmã mais nova para participar de uma gravação. Os nomes deles seriam americanizados, uma tendência da época, que enxergava maior facilidade de aceitação pelo público se fossem estrangeiros. 
Então rebatizada de Celly, ela estouraria com hits como "Banho de Lua" e "Estúpido Cupido". Mas sua carreira seria breve, pois pressionada pelo namorado, largaria tudo para casar e ser dona de casa. Afinal, era o  começo dos anos 1960, que ainda era conservador. 
Celly morreu em 2003, mas o filme conta com a consultoria de seu irmão mais velho, Tony Campelo, que, aos 85 anos, partilhou várias histórias que serviram de base no roteiro. “Além das informações, ele sempre gostou de guardar as recordações e me mostrou fotos, discos, prêmios da Celly e dele, que acabaram sendo alguns desses objetos utilizados no filme. Foi importantíssima a participação dele”, contou Luiz Alberto Pereira. O cantor é interpretado por Murilo Armacollo, enquanto que Celly é vivida por Marianna Alexandre, que faz sua estreia no cinema.  
O elenco ainda conta com Danillo Franccesco, como Eduardo, namorado de Celly; Paulo Goulart Filho e Martha Meola, como os pais de Celly e Tony; Petrônio Gontijo, como o produtor que descobre os irmãos; Felipe Folgosi, como o diretor da gravadora; Claudio Fontana, como o divulgador da gravadora e Carlos Meceni como o diretor artístico. 
"Um Broto Legal" apresenta uma ótima reconstituição de época, com seu colorido característico da época. O que incomoda um pouco são alguns diálogos fracos e algumas interpretações - certos atores passam a impressão de que decoraram os textos, não agindo de forma natural (parecem estar engessados). Mas é interessante observar como era a sociedade há quase 60 anos, com seu conservadorismo hipócrita e gente parada no tempo.

 

ssista ao trailer: https://youtu.be/W9rur2SuHBU

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