"TOP GUN: MAVERICK"

"TOP GUN: MAVERICK"

Sequência do clássico de 1986 traz Tom Cruise novamente no papel de piloto rebelde de jatos

Chico Izidro

"Top Gun: Maverick" traz cenas muito realistas, com impactantes tomadas aéreas feitas com câmeras de cabine de última geração

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Exatos 36 anos depois do grande sucesso de 1986, "Top Gun: Ases Indomáveis", dirigido por Tony Scott (1944/2012), o eterno Tom Cruise volta a um de seus grandes papéis em "Top Gun: Maverick", desta vez com direção de Joseph Kosinski - não confundir com John Krasinski, o diretor de "Um Lugar Silencioso" e o Jim, do seriado "The Office". Confesso que apesar de ser um oitentista ferrenho, não tenho tanta ligação afetiva pelo primeiro filme, marcado pela música da banda Berlin "Take My Breath Away" e de "Danger Zone", do Kenny Loggins, e do romance entre Cruise a personagem Charlie, interpretado pela então belíssima Kelly McGillis.

Na continuação, vemos que Pete “Maverick” Mitchell (Tom Cruise), um veterano piloto da Marinha que nunca conseguiu galgar posições na carreira, apesar dos grandes feitos, mas anulados pela sua rebeldia. E depois de várias décadas, o mundo mudou, ficou mais tecnológico, e os pilotos passaram a ser descartáveis, podendo ser substituídos por drones. E nesta toada, Pete  volta à sua antiga academia, a Top Gun, para ser instrutor de uma nova geração de pilotos, entre eles Bradley (Miles Teller), simplesmente o filho de seu melhor amigo, Goose (Anthony Edwards), morto no primeiro filme.

Esta nova geração de pilotos, que conta ainda com Jake "Hangman" Seresin (Glen Powell), Natasha "Phoenix' Trace" (Monica Barbaro), Robert "Bob" Floyd (Lewis Pullman), Reuben "Payback" Fitch (Jay Ellis) e Javy "Coyote" Machado (Greg Tarzan Davis), tem de ser treinada em duas semanas para uma missão em um país que nunca tem o nome citado, mas possui instalações nucleares que devem ser destruídas. Maverick tem de superar as desconfianças do grupo, além de tentar ganhar a simpatia de Bradley, que o culpa pela morte do pai.

E tem ainda o momento romântico do herói. No filme de 1986, ele se envolvia com a sua instrutora, Charlie (Kelly McGillis), que não foi chamada para esta sequência. A atriz afirmou não ter sido chamada devido a idade, porém ela perdeu completamente a beleza e o vigor de sua juventude (coloque o nome dela no google e veja como está hoje em dia). Assim, o par romântico de Maverick acabou sendo a bela Jennifer Connelly, de 51 anos, no papel da dona do bar Penny Benjamin. Quando ela aparece, toca "Let's Dance", do David Bowie, e lembrei na hora de ela ter estrelado "Labirinto", ao lado do Rei Camaleão exatamente em 1986, quando tinha apenas 16 anos. Na trama, ficamos sabendo que Maverick e Penny tiveram um relacionamento anteriormente e acabam se encontrando novamente, decidindo acertar as arestas.  

"Top Gun: Maverick" apresenta um roteiro com muitas similaridades com o filme de 1986, passando muito próximo de ser um remake, mas assista mesmo como uma sequência. Patriotismo, rebeldia, elementos de masculinidade e muita tensão sexual entre os personagens também estão presentes. O filme traz ainda cenas de ação impressionantes e muito realistas, com impactantes tomadas aéreas feitas com câmeras de cabine de última geração, fazendo com que o espectador sinta toda a adrenalina e quase se veja pilotando os jatos. Ah, e a trilha sonora tem, além do já citado Bowie, novamente Kenny Loggins, The Who, Foghat e a marcante e clássica Top Gun Anthem, simplesmente o tema do filme. O deslize é que Tom Cruise deveria ter utilizado capacete nas cenas em que aparece pilotando sua poderosa motocicleta. Mas dizem que neste caso seu bonito rosto não seria mostrado e destacado. Detalhes.

 

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