A inocência da infância

A inocência da infância

“Anton – Laços de Amizade”, dirigido por Zaza Urushadze, mostra a amizade de um menino judeu e um alemão.

Chico Izidro

Jakob e Anton vivem amizade à provas de preconceitos

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A história de “Anton – Laços de Amizade” transcorre em 1919, numa pequena aldeia na Ucrânia habitada por famílias alemãs e judias perto do Mar Negro, e já vivendo a opressão do Exército Vermelho Russo, controlado por Leon Trótsky.

Anton e Jakob têm pouco mais de oito anos e vivem uma amizade especial, quase irmandade, sendo que o primeiro é católico e o segundo é judeu. Mas isso não importa para eles, que ainda não entendem as diferenças culturais e religiosas, vivendo harmoniosamente.

Jakob é constantemente hostilizado por outros meninos do vilarejo, mas sempre defendido por Anton. Ao redor deles, a maldade imperando. O pai de Anton recusa a ceder as exigências de dar a colheita para os soviéticos, pois isso significaria a família passar fome, e acaba sendo morto. Já o pai de Jacob, um comerciante, é um espião dos soviéticos, que só vai decidir mudar de lado quando descobrir que sua vida corre perigo.

Os dois garotos vivem a infância sem perceber os perigos ao redor deles. Ambos não conseguem ver a maldade que se esconde por trás dos uniformes dos russos. A mãe de Anton começa a estudar a fuga para a Pátria-Mãe, no caso a Alemanha, que ainda não sofria com os horrores do nazismo. E sem saber, Jakob e Anton, em sua inocência, serão os causadores de uma tragédia que se abaterá sobre a aldeia.

O filme mostra que uma amizade sincera pode ser mais forte do que tudo, podendo derrubar preconceitos de um mundo adulto dominado pelo ódio e pela vingança pós Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa.

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