"Golda - A Mulher de Uma Nação" (Golda)

"Golda - A Mulher de Uma Nação" (Golda)

Hellen Mirren interpreta a líder israelense em filme que conta o período da Guerra do Yom Kippur, em 1973

Chico Izidro

"Golda" é magistralmente protagonizado por Hellen Mirren, que desta forma se candidata fortemente a conseguir o seu segundo Oscar

publicidade

A israelense Golda Meir, nascida na Ucrânia, foi uma das primeiras mulheres chefe de estado, praticamente no mesmo período de Indira Gandhi na India. A pioneira foi Khertek Anchimaa-Toka, em Tuva, na Oceania, em 1940. Ela se tornou primeira-ministra de Israel em 1969, aos 70 anos de idade. Em sua carreira política, ela já havia sido embaixadora na hoje extinta União Soviética, ministra do Interior, Relações Exteriores e do Trabalho. 
E quatro anos depois de assumir a nova função, já aos 75 anos, enfrentou o seu maior desafio, quando um dia antes do feriado judaico de Yom Kippur, o Egito e a Síria lançaram um ataque surpresa a Israel. 
Sem esquecer que um ano antes, o governo de Golda Meir já havia sofrido com os eventos da Olímpiada de Munique, quando os terroristas do Setembro Negro vitimaram vários atletas israelenses (veja o filmaço Munique, dirigido por Steven Spielberg).
Bem, este período conturbado da Guerra do Yom Kippur é o mote do filme "Golda - A Mulher de Uma Nação" (Golda), dirigido por Guy Nattiv (Skin - À Flor da Pele), e magistralmente protagonizado por Hellen Mirren. Que desta forma se candidata fortemente a conseguir o seu segundo Oscar - ela já o fez quando viveu  Elizabeth II em “A Rainha” (2007). 
O filme mostra os bastidores da guerra, e como Golda Meir, uma fumante inveterada, teve de mostrar mão de ferro, ao tomar as suas decisões. Afinal, muitas vidas e até o destino do país estavam em suas decisões. E Golda ainda sofria hostilidade, afinal de contas, estamos falando dos anos 1970, onde os os membros do gabinete exclusivamente homens, se mostravam extremamente hostis a ela.
Pegos de surpresa, afinal era feriado em Israel, com as tropas desmobilizadas, os invasores obtiveram muito sucesso nos primeiros dias. Porém, a guerra acabou sendo vencida pelos israelenses. O conflito durou 19 dias, mais do que a Guerra de Suez (ou Guerra do Sinai) em 1956 e a Guerra dos Seis Dias em 1967 juntos. Israel teve mais de 2500 mortos em combate. Outras centenas de foram capturados nos primeiros dias de luta, sendo que dezenas deles foram terrivelmente torturados e mortos.
Cinco anos depois da vitória de Israel na Guerra do Yom Kippur, em 1978, israelenses e árabes acertaram um acordo de paz em Camp David, nos Estados Unidos. Na ocasião, o Egito finalmente reconheceu a derrota e existência do Estado de Israel, retomando assim as relações diplomáticas entre os países - isso provocaria o assassinato do líder egípcio Anwar Al Sadat em 1981, considerado traidor do povo árabe. Mas isto é outra história. 
Antes de finalizar, agradecer o convite da Wizo RS (Organização Sionista Internacional de Mulheres) e da StandWithUs Brasil, que me convidaram para a pré-estreia de "Golda - A Mulher de Uma Nação" em sessão exclusiva no Espaço de Cinema Bourbon Country.

Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ajq2iXdgbWc

Leia os demais posts do blog

 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895